Na segunda-feira (14), a Ministra Nísia Trindade, encarregada do Ministério da Saúde, divulgou que uma alocação de recursos de R$ 30,5 bilhões provenientes do Novo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) será direcionada para impulsionar melhorias no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
A meta que a ministra colocou é que o SAMU, que atende os casos de urgência que ligam para o 192, consiga contemplar 97% do país dentro de quatro anos. As regiões consideradas mais vulneráveis serão o foco da medida. Além desta área, a ministra pretende utilizar o valor do PAC para a construção de mais 3 mil unidades básicas de saúde, dando prioridade para as regiões mais pobres, além de focar na saúde de indígenas e na saúde bucal.
Conforme as informações do ministério, a abrangência do SAMU permanece inalterada desde 2017, cobrindo 87% do território nacional. Isso implica que aproximadamente 28 milhões de cidadãos brasileiros não têm acesso aos serviços oferecidos por essa iniciativa. Dos fundos alocados, está previsto um investimento de R$ 400 milhões direcionados ao aprimoramento do SAMU.
Nísia pretende investir na abertura de mais de 90 policlínicas, compra de materiais hospitalares, expansão do tratamento de câncer no Sistema Único de Saúde (SUS) e o Instituto Nacional de Câncer (Inca), além da ampliação e atualização da Rede Cegonha, que trabalha em um pacote de ações ministeriais para a saúde de gestantes. "O país viu dobrar a taxa de mortalidade materna, esse é um dos piores indicadores de saúde do Brasil", diz a ministra.
Outra área na qual o ministério busca se concentrar envolve a expansão dos serviços destinados a pessoas com deficiência, visando um aumento de 16,5% na capacidade dos Centros Especializados em Reabilitação, bem como um crescimento de 25% nas oficinas ortopédicas. O montante total de R$ 30,5 bilhões será distribuído da seguinte maneira: R$ 29,3 bilhões serão alocados entre os anos de 2023 e 2026, enquanto R$ 1,2 bilhão será disponibilizado após o ano de 2026.