A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou que será criado um Comitê de Operação de Emergência para enfrentar a disseminação da mpox, que preocupa autoridades internacionais. Mais cedo, a OMS declarou a situação da mpox na África como uma emergência de saúde pública de importância internacional. Apesar do alerta, a ministra afirmou que o momento não é de alarme.
"Nós vamos instituir um Comitê de Operação de Emergência, envolvendo Ministério da Saúde, Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], conselhos de secretários municipais e estaduais de saúde. Já estávamos acompanhando, tivemos reunião de especialistas, há duas semanas, desde que começaram os casos, e essa possibilidade [de disseminação da doença], e vamos analisar as questões como vacina. Não há motivo de alarme, mas de alerta", afirmo a jornalistas, no Palácio do Planalto.
MEDIDAS A SEREM ADOTADAS
Entre as medidas a serem adotadas, a ministra mencionou a aquisição de testes, alerta para viajantes e atualização do plano de contingência. Não há previsão para vacinação em massa; no ano passado, foram usadas doses provisórias da Anvisa para imunização e pesquisas. O Ministério da Saúde avalia que a nova onda de mpox representa um risco baixo para o Brasil. Em 2024, foram registrados 709 casos e 16 óbitos no país. Globalmente, os casos já ultrapassam 14 mil, com 524 mortes.
SOBRE A DOENÇA
A mpox é uma doença viral zoonótica transmitida por contato com animais infectados, pessoas ou materiais contaminados. Seus sintomas incluem erupções cutâneas, linfonodos inchados, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fraqueza.
As lesões, que podem ser planas ou elevadas e cheias de líquido, podem formar crostas e variar de poucas a milhares. Elas geralmente aparecem no rosto, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas podem surgir em qualquer parte do corpo, incluindo boca, olhos, órgãos genitais e ânus.