A Argentina é o único dos 19 países membros do G20 a não aderir à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, principal iniciativa do governo Lula (PT) durante a cúpula das nações mais ricas do mundo. A decisão do governo de Javier Milei foram interpretadas como um boicote à iniciativa liderada pelo Brasil. Mais de 80 países já se comprometeram com a aliança, cujo objetivo é erradicar a fome e a pobreza, mas a postura argentina surpreendeu a diplomacia brasileira e gerou repercussões nos bastidores do evento.
Até ontem, o Brasil acreditou na adesão argentina à Aliança, uma vez que o país não havia manifestado objeções aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 1 e 2 da Agenda 2030 da ONU, que tratam da erradicação da fome e da pobreza. A ausência da Argentina na iniciativa reforça a postura do presidente Milei, que tem adotado uma política externa mais isoladora e distante de compromissos multilaterais.
obstáculos nas negociações
Sob a liderança de Milei, a Argentina adotou uma postura crítica em fóruns internacionais, como no G20, onde o país impôs obstáculos nas negociações da declaração final. A recusa em aprovar documentos sobre igualdade de gênero e desenvolvimento sustentável reflete uma mudança de direção na política externa do país, com Milei se posicionando como "antiglobalista", seguindo uma linha de líderes como o presidente dos EUA, Donald Trump.
atritos DA ARGENTINA no G20
Além disso, a Argentina gerou atritos no G20, bloqueando negociações em três pontos-chave: questões de gênero, taxação de super-ricos e a Agenda 2030 da ONU. A postura argentina é vista como uma possível ofensa diplomática ao Brasil, especialmente considerando que Milei não solicitou uma reunião bilateral com o presidente Lula, ao contrário de outros líderes do evento.
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