Michel Temer afirma que vai fazer a defesa da aliança com Dilma Rousseff

Temer ressaltou que se a convenção eventualmente decidir pelo rompimento com o governo, ele deixa de ser vice-presidente.

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O PMDB terá um candidato próprio a presidente nas eleições de 2018, afirmou o vice-presidente da República e presidente de honra do partido, Michel Temer, a jornalistas nesta sexta-feira. Na convenção nacional do partido, marcada para 10 de junho, ele afirmou que vai trabalhar para a manutenção da aliança com o governo de Dilma Rousseff.

"Não vejo o PMDB agindo contra o governo. Uma coisa é a relação do PMDB com o PT, a outra coisa é com o governo", disse Temer em Nova York, onde foi fazer duas palestras a investidores. "Eu vou trabalhar na convenção nacional pela aliança, porque acho que é o melhor caminho que temos agora." A aliança do PMDB foi fechada ainda no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003.

Temer ressaltou que se a convenção eventualmente decidir pelo rompimento com o governo, ele deixa de ser vice-presidente. "Sempre fui obediente às diretrizes do PMDB. Não vou me insurgir contra o partido", afirmou. Temer frisou, porém, que vai trabalhar para o PMDB ter candidato próprio em 2018.

Segundo ele, a ideia é evitar a decepção que ocorreu em eleições passadas com candidatos do partido. O vice-presidente lembrou a candidatura de Ulysses Guimarães, que teve apenas 4% dos votos nacionais em 1989, e de Orestes Quércia, com 3,8% em 1994. Questionado se já existem nomes no partido no páreo para 2018, Temer preferiu não falar em apostas. "Só o tempo vai dizer", disse ele.

Sobre uma reunião de Temer com a bancada do PMDB, marcada para a próxima quarta-feira, 9, o vice-presidente disse que não haverá mais o encontro. O melhor, disse ele, é fazer reuniões com grupos menores de deputados, entre 10 e 12, para ouvir as queixas e as posições de Estados.

Temer foi questionado hoje em palestra sobre as relações de Washington com o Brasil, que azedaram por conta das denúncias de espionagem dos Estados Unidos em empresas e autoridades brasileiras. Temer disse que "se está trabalhando diplomaticamente para uma reaproximação".

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