O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, mantém firme a ação de cassação contra o ex-juiz, ex-ministro da Justiça e agora senador, Sergio Moro (União Brasil-PR), mesmo após apelos para que seu partido retire o pedido. A recusa do líder político veio após diversos recados de Moro, que buscava uma reaproximação após ter apoiado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno.
Em um encontro casual no café de um aeroporto, o senador tentou iniciar uma conversa sobre o processo, mas o presidente do PL não deu espaço para discussão. Valdemar declarou que não há chances de suspender a ação, afirmando que está cumprindo sua obrigação como líder partidário, e lembrou que o segundo colocado nas eleições, após Moro, foi Paulo Martins, do PL, referindo-se à disputa pela cadeira do Senado em 2022, no Paraná.
A situação do ex-juiz é ainda mais delicada, já que além do PL, o PT também move uma ação na Justiça Eleitoral pedindo sua cassação. Ambos os pedidos foram juntados, e a expectativa dos partidos é que, se o senador for cassado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) siga o entendimento utilizado no caso da ex-congressista Selma Arruda, convocando novas eleições para preencher a vaga no Paraná.
Entenda o caso
O senado está sob ameaça em seu próprio estado, o Paraná, onde enfrenta uma ação de investigação judicial eleitoral por suspeita de abuso de poder econômico durante a pré-campanha das eleições de 2022, de acordo com informações da jornalista Catia Seabra.
Tanto adversários políticos como aliados do ex-ministro acreditam que há uma tendência desfavorável a Moro no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do estado. Atualmente, o processo está em fase de produção de provas, e Moro é acusado não apenas de irregularidades na pré-campanha, mas também de ter violado os limites de gastos eleitorais estabelecidos por lei.
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