Medeiros: se Wellington Dias ficar vai ter que apoiar o PT

“Candidatura não é matemática, é qualitativa

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A posição polêmica defendida pelo Partido dos Trabalhadores nas últimas semanas foi confirmada ontem pelo pré-candidato petistas à governador, o secretário estadual de Educação, Antônio José Medeiros.

Segundo ele, caso Wellington Dias permaneça no cargo até o fim do mandato, o candidato apoiado por ele deverá ser do PT. ?Se ele ficar, significa que um dos partidos da base aliada não respeitou os critérios definidos anteriormente e se essas circunstâncias o obrigarem a ficar na cadeira, ele deve apoiar o candidato do partido dele?, explica Medeiros durante entrevista ao Programa Agora, da TV Meio-Norte.

De acordo com o secretário, Dias é ?comandante? do processo político ?e não do PT?. ?O vínculo do governador com o partido é maior, isso se chama compromisso político?, diz.

Ele também rebateu as declarações do deputado estadual Warton Santos (PMDB), que havia questionado a união do bloco governista com a pretensão do PT de ocupar duas vagas na chapa majoritária. Warton argumentou que os petistas almejam o cabeça de chapa, representado por Antônio José, e uma das vagas para o Senado, com Dias.

?Candidatura não é matemática, é qualitativa. Isso vai depender do peso que cada partido tem. Discordo do Warton, o argumento dele é fraquíssimo?, enfatizou Medeiros.

O secretário esclareceu, no entanto, que não existe intenção do PT em lançar uma candidatura ?de qualquer maneira?. ?O que está acontecendo é uma firmeza maior do partido, não estamos impondo nada a ninguém, estamos conversando com todos os pré-candidatos. Nossa posição é essa, não significa que vai sair vitoriosa?, destaca.

DOIS CANDIDATOS - Já o deputado federal Nazareno Fonteles (PT) admitiu ontem que a base aliada poderá ter dois candidatos e, defendeu que se o clima de instabilidade no bloco governista continuar, a escolha do candidato só deverá acontecer em junho. ?É melhor a gente saber agora quem quer ser candidato mesmo e se preparar para ter dois nomes do que correr o risco de ter surpresas depois?, argumenta, propondo ainda que sejam feitas ?novas rodadas de conversa?.

Ele explica que até mês de abril, quando os gestores que pretendem se candidatar nas eleições de outubro deverão deixar os cargos, o governador Wellington Dias deveria escolher o candidato que representaria a base. ?Como não há um consenso e as convenções são só em junho? ? diz ? ?poderíamos caminhar até lá em um clima cordial, já que existe possibilidade de união no 2º turno?, conclui.(S.B.)

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