SEÇÕES

Mauro Cid volta a ser ouvido hoje no Supremo em três processos da trama golpista

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid fechou uma delação premiada com a PF. Ele depõe mais uma vez no âmbito das ações penais de outros núcleos da trama golpista.

Mauro Cid | Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Siga-nos no

O tenente-coronel Mauro Cid será novamente ouvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (13), no contexto de três ações penais ligadas à tentativa de golpe de Estado em 2022. Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Cid firmou acordo de delação premiada com a Polícia Federal e prestará novo depoimento para detalhar informações sobre três núcleos da trama golpista, que envolvem 23 réus. 

  • o núcleo 2, do gerenciamento de ações, com 6 acusados;
  • o núcleo 3, das ações coercitivas, com 10 acusados;
  • o núcleo 4, das operações estratégicas de desinformação, com 7 acusados.

Interrogatório na ação do "núcleo crucial"

Em junho deste ano, Mauro Cid foi interrogado pelo STF no processo contra o chamado “núcleo crucial” da organização criminosa. Ele é réu nesse grupo, que também inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro. 

  • Aperto de mãos com Bolsonaro

Antes do início das audiências, Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro se cumprimentaram com um aperto de mãos. Por ter fechado acordo de delação premiada com a Polícia Federal, Cid foi o primeiro dos oito réus a ser interrogado. 

  • Confirmou tentativa de golpe

No início do depoimento, Mauro Cid afirmou que a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a tentativa de golpe de Estado é verdadeira e disse ter presenciado grande parte dos fatos, embora não tenha participado deles. O militar negou ter sofrido qualquer tipo de coação e confirmou integralmente os relatos de seus depoimentos anteriores.

  • Bolsonaro leu e fez alterações na minuta do golpe

Segundo Mauro Cid, Jair Bolsonaro recebeu, leu e sugeriu alterações na minuta do golpe, retirando trechos que determinavam a prisão de autoridades. Apesar disso, Alexandre de Moraes, então presidente do TSE, permaneceu como alvo. Cid afirmou que Bolsonaro “enxugou o conteúdo” do documento, eliminando a maioria das ordens de prisão.

 

Tópicos
Carregue mais
Veja Também