O primeiro depoimento da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, revelou 9 dos 40 indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado após a vitória de Lula. Em agosto de 2023, Cid revelou 20 nomes, incluindo os generais Walter Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira e Mário Fernandes. Segundo ele, Filipe Martins, Valdemar Costa Neto e o almirante Almir Garnier também estavam entre os principais articuladores.
A colaboração de Cid foi homologada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, e resultou no avanço das investigações. No entanto, omissões no seu depoimento, como o plano do general Mário Fernandes de matar Lula, Alckmin e Moraes, geraram questionamentos. “Nunca se tratou de golpe, muito menos de plano de assassinato”, defendeu-se a defesa de Fernandes.
aliados divididos em três grupos
O documento dividiu os aliados de Bolsonaro em três grupos: conservadores, moderados e radicais. Entre os citados estavam Paulo Sérgio Nogueira, Eduardo Pazuello e Flávio Bolsonaro. Cid destacou que alguns incentivos foram a saída de Bolsonaro do Brasil após a derrota, enquanto outros articularam medidas mais extremas.
Defesas de indiciados se manifesta
Defesas de indiciados criticaram as acusações e os vazamentos do depoimento. Advogados de Bolsonaro denunciaram uma “investigação semissecreta” e “vazamentos seletivos”. Filipe Martins chamou as alegações de “narrativas fantasiosas”, enquanto Jorge Seif as chamou de “falatórias e mentirosas”. Ambos afirmaram tomar medidas jurídicas contra as divulgações.
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