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Marina Silva volta ao Congresso e é alvo de ataques de parlamentares

Marina Silva é duramente criticada por deputados na Câmara sobre queimadas e desmatamento. Entenda os ataques e a defesa da ministra do Meio Ambiente.

Marina Silva volta ao Congresso e é alvo de ataques de parlamentares | Foto: Reprodução/TV Câmara
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A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, foi alvo de duras críticas de deputados federais nesta quarta-feira (2), ao prestar esclarecimentos na Comissão de Agricultura da Câmara sobre queimadas e desmatamento. Durante a sessão, o deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) chegou a chamá-la de “adestrada” e “mal-educada”, e afirmou que a ministra “nunca trabalhou” e “tem discurso alinhado com ONGs internacionais”.

Convocada para explicar ações do governo federal no combate ao desmatamento e às queimadas, Marina ouviu uma série de ataques, especialmente por parte de parlamentares da oposição. Evair Melo acusou a ministra de realizar um "adestramento de esquerda" e disse que ela “tem dificuldades com o agronegócio”. “A senhora nunca produziu, não sabe o que é prosperidade construída pelo trabalho”, declarou.

Marina, por sua vez, respondeu que prefere “receber injustiça a praticar injustiça” e que chegou à audiência em “paz”, após uma longa oração. “Fui terrivelmente agredida”, afirmou a ministra, ao comparar o episódio com a audiência no Senado, também marcada por ataques.

Outros parlamentares também criticaram a atuação da ministra. O deputado Zé Trovão (PL-SC) a classificou como uma “vergonha como ministra”, enquanto Capitão Alberto Neto (PL-AM) sugeriu que ela deveria “pedir demissão”. Já o presidente da comissão, Rodolfo Nogueira (PL-MS), afirmou que Marina protagoniza “um dos capítulos mais contraditórios e desastrosos da política ambiental”.

Apesar das críticas, os dados oficiais do sistema Prodes apontam redução do desmatamento na Amazônia durante a gestão de Marina Silva: em 2022, foram registrados 10,36 mil km² de área desmatada; em 2023, 9,06 mil km²; e em 2024, 6,28 mil km² — uma queda progressiva nos dois anos fechados sob sua gestão.

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