Após 16 anos no PSOL, o deputado federal Marcelo Freixo anunciou, na manhã desta sexta-feira (11), sua saída do PSOL.
“Hoje, encerro esse ciclo com a certeza de que apesar de não estarmos no mesmo partido seguiremos na mesma trincheira de defesa da vida, da democracia e dos direitos do povo brasileiro. Essa decisão foi longamente amadurecida e tomada após muito diálogo com dirigentes nacionais e estaduais, a quem agradeço pelas reflexões fraternas que compartilhamos”, escreveu Freixo em sua rede social.
Ele entrou no PSOL em 2005, antes de se tornar deputado estadual, e atribuiu a mudança ao momento político do país.
“É hora de colocarmos nossas divergências em segundo plano para resgatarmos o país do caos e protegermos a vida dos brasileiros. As eleições de 2022 serão um plebiscito sobre se a Constituição de 1988 ainda valerá no Brasil. Por isso nós democratas não temos o direito de errar: do outro lado está a barbárie da fome, morte e devastação”, afirmou.
Em entrevista à revista Veja publicada hoje, Freixo disse que se filia ao PSB ainda neste mês. "A mudança faz parte de um projeto nacional que também inclui a filiação ao mesmo partido do governador do Maranhão, Flávio Dino (do PCdoB). No meu caso, estou olhando para dois cenários, o do Rio e o nacional", disse.
Leia a nota na íntegra:
“Ingressei no PSOL em 2005, antes de me eleger deputado estadual. De lá para cá, compartilhamos uma bela história e colocamos o partido no centro da luta pela democracia. Juntos fizemos as CPIs das Milícias, do Tráfico de Armas e Munições e dos Autos de Resistência; enfrentamos os governos Cabral e Pezão; colocamos a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa a serviço dos esquecidos pelo poder público; disputamos a prefeitura do Rio numa linda campanha que encantou a cidade e fomos ao front contra o governo Bolsonaro. Mais do que companheiros de luta, as pessoas com quem construí o PSOL são amigos com os quais divido projetos de vida. ⠀
Hoje, encerro esse ciclo com a certeza de que apesar de não estarmos no mesmo partido seguiremos na mesma trincheira de defesa da vida, da democracia e dos direitos do povo brasileiro. Essa decisão foi longamente amadurecida e tomada após muito diálogo com dirigentes nacionais e estaduais, a quem agradeço pelas reflexões fraternas que compartilhamos. ⠀
Os retrocessos institucionais e humanos provocados por Bolsonaro em apenas 2 anos de governo impõem novos desafios à democracia e à atuação do campo progressista. É urgente a ampliação do diálogo e a construção de uma aliança com todas as forças políticas dispostas a somar esforços na luta contra o bolsonarismo. É hora de colocarmos nossas divergências em segundo plano para resgatarmos o país do caos e protegermos a vida dos brasileiros. As eleições de 2022 serão um plebiscito sobre se a Constituição de 1988 ainda valerá no Brasil. Por isso nós democratas não temos o direito de errar: do outro lado está a barbárie da fome, morte e devastação. ⠀
Seguirei me dedicando à construção de pontes, reafirmando o valor do diálogo e o papel da política como meio de resolvermos pacificamente os problemas do país. Nosso dever histórico é derrotar Bolsonaro nas urnas e o bolsonarismo enquanto projeto de sociedade. Sei que o PSOL e eu estaremos do mesmo lado para cumprir essa tarefa”.