O deputado federal piauiense Marcelo Castro (PMDB) começou a ser apontado ontem nos bastidores do poder em Brasília como o favorito para ocupar o Ministério da Saúde na cota da bancada peemedebista na Câmara após a confirmação da demissão do atual ministro Arthur Chioro.A reforma ministerial completa será anunciada amanhã, dia 01.
As jornalistas Natuza Nery, da Folha de S. Paulo, e Ana Cláudia Guimarães, do O Globo, publicaram na noite de ontem que Marcelo é o favorito. “O nome mais cotado para assumir a Saúde é do deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI). O parlamentar é formado em medicina e especializado em psiquiatria”, escreveu Natuza. “A rádio corredor diz que a cadeira será ocupada por Marcelo Castro, do PMDB”, confirmou Ana Guimarães. A indicação de Marcelo para o Ministério teve aval do governador Wellington Dias (PT) que foi consultado sobre as credenciais do piauiense pela presidente Dilma.
Ontem a presidente foi aconselhada a oferecer um sétimo ministério ao PMDB para contemplar todas as alas da legenda e garantir seu apoio praticamente integral ao governo na busca de aprovar o pacote fiscal.
Dilma reuniu-se com o vice-presidente Michel Temer para avaliar as negociações sobre as reformas administrativa e ministerial que ela pretende fechar ainda nesta semana. Mais cedo, teve encontro no Palácio do Alvorada com o ministro Ricardo Berzoini (Comunicações) e com o assessor especial Giles Azevedo.
Em conversas reservadas, peemedebistas mostraram interesse no Ministério da Cultura, hoje comandada por Juca Ferreira, da cota do PT. Hoje, o PMDB comanda seis pastas e ganharia mais uma.
Na conversa, Temer voltou a dizer que prefere deixar a presidente à vontade para escolher os nomes dos ministros peemedebistas, mas nos bastidores seu grupo busca manter espaço para pelo menos três nomes ligados ao vice:
Eliseu Padilha (Aviação Civil), Helder Barbalho (Pesca) e Henrique Eduardo Alves (Turismo).