O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) manteve, em votação unânime, os direitos de resposta de Guilherme Boulos (PSOL) nas redes sociais de Pablo Marçal (PRTB). Sem apresentar provas, o coach tem associado o psolista ao uso de cocaína durante a campanha.
O vídeo de Boulos foi publicado no TikTok e Instagram de Marçal na manhã desta terça-feira (3).
No vídeo Boulos alega que suas filhas estão sendo hostilizadas na escola pelas acusações de Marçal. "Na política tem muito ataque, agora mexer com a honra e a família das pessoas, isso não se faz. Tudo tem motivo. Todo mundo sabe que essa é uma acusação mentirosa, desrespeitosa", afirmou.
Em 17 de agosto, o juiz eleitoral Rodrigo Colombini, da 2ª Zona Eleitoral, concedeu direitos de resposta a Boulos, por entender que as alegações de Marçal não foram comprovadas e apenas ofenderam o concorrente. As respostas de Boulos devem ser veiculadas nas redes do adversário 48 horas após a intimação oficial do candidato do PRTB, e devem permanecer no ar por outras 48 horas nas redes sociais do adversário do psolista.
Marçal chegou a entrar com recurso contra a decisão, mas a Justiça não aceitou.
A decisão do juiz se baseou em um parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE), que declarou nos autos do processo que as postagens de Pablo Marçal contra Boulos foram “nitidamente difamatórias”.