A candidata Maria Aparecida quer tanto disfarçar as rugas que carrega na maquiagem, como se fosse uma acrobata de circo. O aspirante João Boca Molle anda desembestado pelas ruas, como uma metralhadora desgovernada, a pedir votos. E seu primo, Chico Boca de Lobo, está numa crise de relacionamento tão séria com sua escova de dente, que ninguém consegue ouvir suas promessas.
Se identificou com algum destes personagens, candidato? Então, você precisa ler as dicas de etiqueta de especialistas. Para Marcos Frauches, consultor de Marketing de campanha, o principal é respeitar o espaço do eleitor:
? Não se deve sair abordando um monte de gente. A pessoa fica de saco cheio. Os políticos já têm a imagem muito queimada.
A quase inabalável crença no milagre da conversão de apertos de mão em votos foi vivencida pelo deputado Miro Texeira (PDT). Ele, no entanto, não revela o protagonista do episódio, nas eleições estaduais de 2006.
? Estávamos em um shopping, e o cara estava tão concentrado nessa coisa de sair apertando mãos, que acabou cumprimentando um manequim ? lembra, aos risos.
?Pátria do Botox?
O pedetista tem alguns conselhos, principalmente para as caminhadas em feiras, uma das modalidades olímpico-eleitorais preferidas.
? Não panfleto em feiras. É uma chateação para quem está comprando e para quem está vendendo. A pessoa quer comprar tomates, não quer pegar santinho ? lembra.
Se uma caminhada mete medo, a moda eleitoral pode causar arrepios, pelo menos no estilista Victor Dzenk. Segundo ele, os homens costumam pecar na combinação das roupas. O ideal, diz, é usar cores leves.
No lado feminino, o problema é a maquiagem. Para a turma do Par
tido da Pátria de Botox, ela é um santo remédio, segundo o especialista em etiqueta Bruno Astuto.
? Base opaca na testa ajuda a disfarçar o botox e brilhar menos no vídeo ? ensina.