O pastor Silas Malafaia permaneceu em silêncio durante depoimento prestado à Polícia Federal. Em nota enviada ao g1, ele afirmou ter exercido o direito constitucional de não se manifestar, justificando que nem ele nem seu advogado tiveram acesso ao inquérito. Malafaia declarou ainda que pretende prestar esclarecimentos às autoridades em momento oportuno.
Na manhã desta quarta-feira (20), a PF cumpriu um mandado de busca pessoal e apreensão de celulares contra o pastor no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.
A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do inquérito que investiga coação no curso do processo. Segundo a Polícia Federal, essa coação teria sido praticada contra autoridades responsáveis pela condução do caso da tentativa de golpe de Estado, em que o ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-integrantes de seu governo figuram como réus.
De acordo com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, as investigações identificaram diálogos e publicações em que Malafaia "aparece como orientador e auxiliar das ações de coação e obstrução promovidas pelos investigados Eduardo Nantes Bolsonaro e Jair Messias Bolsonaro".
Como medida cautelar, o pastor está proibido de deixar o país e de manter contato com os demais investigados.