Magno Malta é o líder de ausência às sessões do Senado

O número de ausências desses parlamentares equivale a menos 26%

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No primeiro semestre deste ano, dez senadores faltaram a 13 ou mais sessões deliberativas. Isto é, a reuniões do Plenário a que todos os 81 integrantes do Senado eram obrigados a comparecer para deliberar sobre a adoção ou alteração de normas legais. 

O número de ausências desses parlamentares equivale a pelo menos 26% – ou mais de um quarto – das 50 reuniões nas quais a presença dos parlamentares era obrigatória. Levantamento exclusivo do Congresso em Foco, feito com base nos registros oficiais de frequência publicados pelo Diário do Senado, revela quais foram os senadores que menos assinaram a lista de presença. 

O mais ausente foi José Maranhão (PMDB-PB). Dezoito das suas 22 faltas, porém, tiveram razões médicas.O senador, que completará 82 anos em 6 de setembro, teve dengue, doença que o impossibilitou de participar de grande parte das decisões tomadas pelo Senado desde o início do ano. 

Assim, quem mais chamou atenção na liderança do ranking dos faltosos foi o segundo colocado, o senador Magno Malta (PR-ES), com 19 ausências, ou seja, 38% do total de sessões realizadas. Quase todas as faltas (16) foram“justificadas”. 

“Viagens com a família” 

Roberto Rocha (PSB-MA) vem em terceiro lugar, com 15 faltas, das quais 14 foram “justificadas”. 

Na quarta posição, com 14 ausências, há um empate triplo: Sérgio Petecão (PMN-AC), Ricardo Ferraço (PMDB-ES) e Paulo Bauer (PSDB-SC). 

O catarinense Paulo Bauer foi outro que se ausentou por motivos de saúde. Durante 44 dias, de março a abril, ele faltou a 13 sessões. Nesse período,passou por uma cirurgia cardíaca. 

Quem vem em seguida é Douglas Cintra (PTB-PE), com 13 ausências. O petebista, que é suplente do senador licenciado e atual ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro,cita as atividades em comissões como motivo para as faltas. É titular em três comissões permanentes, suplente em quatro, além de integrar subcomissões, frentes parlamentares e uma CPI. 

Tais números, porém, não diferem muito daqueles que a quase totalidade dos senadores pode exibir. A fim de contemplar com nacos razoáveis de poder a multiplicidade de partidos (no momento, 16) e grupos políticos com assento na “Casa”, o Senado tem 11 comissões permanentes, número evidentemente exagerado para uma instituição com 81 membros, que ainda precisam participar de um sem-número de comissões e subcomissões temporárias, muitas delas mistas (quer dizer, compostas tanto por senadores quanto por deputados). 

Quanto às cinco ausências sem justificativa, Douglas Cintra admite: “As faltas não justificadas se deveram a viagens particulares, inclusive para fora do país, com minha família”, afirma o parlamentar. 

Os outros três senadores que ficaram entre os dez mais faltosos do primeiro semestre legislativo – que começou em 1o de fevereiro e terminou em 17 de julho – foram Ivo Cassol (PP-RO), Zezé Perrella (PDT-MG) e Gladson Cameli (PP-AC). Cada um deles deixou de comparecer a 13 sessões deliberativas. 

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