O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), planeja realizar uma reunião com líderes na próxima semana, com o objetivo de persuadi-los a manter o veto às emendas de comissão. Essa medida visa evitar um corte de R$ 10 bilhões no Orçamento da União no início deste ano.
O primeiro encontro será entre ministros e líderes partidários, seguido pela participação direta do presidente Lula, que entrará em campo para dialogar com os parlamentares.
Se o veto às emendas de comissão for derrubado, o governo vai ter de fazer um corte de R$ 10 bilhões, que atingiria programas sociais.
O valor é referente à soma de R$ 5,6 bilhões das emendas vetadas, e mais R$ 4,4 bilhões por causa da inflação do ano passado, que foi menor do que a prevista no projeto do Orçamento, e acabou reduzindo o teto das despesas neste ano.
Mesmo com o veto, as emendas parlamentares já vão ficar em R$ 47,5 bilhões em 2024, o maior volume desde que foram criadas, retirando espaço para o governo manejar as verbas livres do Orçamento da União, que ficam um pouco acima de R$ 100 bilhões.
Segundo o governo, havia um acordo informal com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de que o montante das emendas de comissão ficaria em no máximo R$ 11 bilhões.
Na reta final de votação do Orçamento da União no ano passado, relatores setoriais aumentaram essas emendas em R$ 5,6 bilhões, retirando recursos de programas como Minha Casa, Minha Vida, Vale Gás e Farmácia Popular.
Arthur Lira chegou a programar uma reunião com líderes no início desta semana para debater o veto presidencial, mas o encontro foi desmarcado por falta de quórum e ficou para a próxima semana. Na segunda-feira (5), ocorre a reabertura oficial dos trabalhos do Legislativo em 2024, e o veto de Lula vai ser um dos principais temas deste retorno dos parlamentares a Brasília