O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne na tarde desta segunda-feira (11) com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, para acertar os últimos detalhes do plano de contingência destinado a minimizar os efeitos da tarifa de 50% aplicada pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.
O plano deve contemplar:
- linhas de crédito para as empresas impactadas pela sanção americana, para financiar investimentos e capital de giro das companhias;
- adiamento das cobranças de tributos e contribuições federais por até dois meses, repetindo um movimento adotado pelo Planalto na pandemia de Covid-19;
- e compras públicas de mercadorias perecíveis. Há uma preocupação com os estoques de alimentos como peixes, frutas e mel, parados desde o anúncio do presidente americano, Donald Trump.
Interlocutores do Planalto preveem que o pacote contra o tarifaço dos EUA seja anunciado ainda nesta segunda (11), após reunião às 17h com Lula, Alckmin, Haddad e outros ministros. As medidas visam apoiar setores afetados e preservar economia e empregos.
Primeiras medidas
Um dos responsáveis pela articulação do plano é Alckmin que, neste sábado (9), afirmou que o governo lançará um "programa bem amplo".
Tem setores que nos preocupam. Café, carne e especialmente indústria de máquinas — motores e máquinas. O produto commodity é mais fácil você encaixar em outro lugar. A indústria é mais específica, é mais difícil, afirmou Alckmin na ocasião.
Por isso, o governo está lançando — aguarde aí, 24, 48 horas — um programa bem amplo de apoio para preservar emprego e as empresas poderem retomar e fortalecer sua atividade econômica, completou o vice-presidente.
Alckmin cancelou compromissos em São Paulo nesta segunda para retornar mais cedo a Brasília devido a um "compromisso inadiável". Ele deixaria de participar do Congresso Brasileiro do Agronegócio e do lançamento do Programa de Qualificação para Exportação.