Lula relança Mais Médicos e diz que editais vão priorizar os brasileiros

A iniciativa pretende expandir, de 13 mil para 28 mil, o número de profissionais em atendimento pelo país.

Programa Mais Médicos prevê a contratação de 15 mil profissionais | Divulgação
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) relançou nesta segunda-feira (20) o Mais Médicos pelo Brasil, programa federal para preenchimento de vagas no Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa pretende expandir, de 13 mil para 28 mil, o número de profissionais em atendimento pelo país.

O programa foi criado em 2013, durante o governo de Dilma Rousseff, sob o mesmo nome. Atualmente, são 18 mil vagas: 13 mil profissionais estão atuando e 5 mil postos estão desocupados. Para eles, será lançado um edital ainda neste mês.

Segundo Lula, a prioridade é que os próprios brasileiros assumam o posto de médico. Mas, se não for possível, os estrangeiros terão oportunidades para atuarem no Brasil.

Lula relança Mais Médicos e diz que editais vão priorizar os brasileiros | Foto: Hugo Barreto / Metropoles"Queremos que no novo Mais Médicos todos os médicos sejam brasileiros. Se não for possível, chamaremos médicos estrangeiros que moram no Brasil. O que importa mais é a nacionalidade do paciente", disse Lula.

Outras 10 mil vagas serão criadas por meio de contrapartida dos municípios, ou seja, o Ministério da Saúde vai fazer a seleção dos médicos, e os municípios arcarão com os custos. O maior problema identificado pelas prefeituras é para o preenchimento das vagas ociosas, e não apenas o custeio.

O contrato de participação na iniciativa é de quatro anos, prorrogável pelo mesmo período. Ao todo, o investimento previsto pelo governo federal para este ano é de R$ 712 milhões. A nova versão do projeto estabelece benefícios para incentivar a permanência dos médicos por longos períodos.

  • para os médicos que ficarem ao menos 3 anos (36 meses) na vaga: possibilidade de pagamento de adicional de 10% a 20% da soma total das bolsas de todo o período que esteve no programa, a depender da vulnerabilidade do município.
  • para médicos com formação pelo Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior): adicional de 40% a 80% da soma total das bolsas de todo o período que esteve no programa, a depender da vulnerabilidade do município. O benefício será pago em quatro parcelas: 10% por ano durante os três primeiros anos, e os 70% restantes ao completar 48 meses
  • incentivo para médicos do Fies residentes em Medicina da Família, com auxílio para pagamento de dívidas do financiamento estudantil.
  • complementar o valor da bolsa para mulheres em licença-maternidade que passarem a receber o auxílio do INSS, o que antes não ocorria;
  • dar licença de 20 dias para licença-paternidade. Antes, não havia essa possibilidade;
  • Oferta de especialização e mestrado.


Lula relança Mais Médicos e diz que editais vão priorizar os brasileiros | Foto: Hugo Barreto / Metropoles

Atualmente, o governo federal ainda mantém vagas preenchidas de editais do programa Médicos pelo Brasil, criado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A iniciativa é paralela ao Mais Médicos, e não será afetada pelo relançamento do programa.

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