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Lula reage a Trump e defende soberania: “Tenho limite na briga, mas não temos medo”

O presidente reconheceu que a diplomacia exige cautela nas palavras, mas enfatizou que o Brasil não aceita ser tratado como país de segunda categoria.

Lula na comemoração dos 45 anos do PT | Foto: Reprodução
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Durante o evento nacional do PT neste domingo (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil mantém abertos os canais de diálogo com os Estados Unidos, mas reforçou que a resposta ao tarifaço imposto por Donald Trump será firme. 

“Tenho um limite de briga com o governo americano, mas não temos medo”, declarou Lula, ao comentar a tensão diplomática provocada pela tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e sanções contra autoridades nacionais.

O presidente reconheceu que a diplomacia exige cautela nas palavras, mas enfatizou que o Brasil não aceita ser tratado como país de segunda categoria. 

“Não posso falar tudo que acho que devo. Tenho que falar o que é possível, o que é necessário”, pontuou. A fala vem após Trump afirmar, na sexta-feira (1º), que Lula “pode ligar quando quiser”. Em resposta, o petista garantiu estar aberto ao diálogo, mas sem submissão.

Lula ainda citou uma frase de Chico Buarque para resumir sua postura internacional: “O PT não fala fino com os Estados Unidos nem grosso com a Bolívia. A gente fala em igualdade com os dois”. O discurso também incluiu críticas indiretas a potências que, segundo ele, “acham que mandam no mundo”.

Durante o evento, Edinho Silva assumiu oficialmente a presidência nacional do PT, com apoio de Lula. Ele defendeu a reeleição do presidente e criticou a política externa norte-americana. "Não queremos ser puxadinho dos EUA", disse Edinho. O ex-ministro José Dirceu também voltou à executiva nacional da sigla.

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