Lula prepara obras com foco na população de baixa renda; confira a lista!

Governo também quer aprovar medidas econômicas, como a criação de uma linha de crédito para integrantes do Cadastro Único

Lula prepara obras com foco na população de baixa renda | Foto: Ricardo Stuckert / PR
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Diante da queda de popularidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está pronto para anunciar, nas próximas duas semanas, novas iniciativas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e medidas econômicas. Este novo conjunto de investimentos em infraestrutura visa beneficiar especificamente a população de baixa renda. O plano incluirá a renovação da frota de ônibus, com destaque para a introdução de veículos elétricos, bem como a expansão do acesso à água em áreas rurais, a urbanização de favelas e a regularização de assentamentos.

MINISTROS ESTÃO SENDO COBRADOS: Integrantes do Palácio do Planalto e dois ministros do governo Lula confirmaram a informação. A meta é lançar esse pacote até o dia 15 de abril. O presidente tem pressionado os ministros para que os projetos em andamento desde o ano passado sejam finalizados e divulgados. Isso faz parte da estratégia do governo para tentar reverter a queda na avaliação de Lula, como indicado por pesquisas recentes. 

“É muito trabalho, mas eu diria que esse é um ano de entrega. Nos últimos dias, os ministros, o próprio presidente, nós [estamos] todos focados em fazer as entregas já daquilo que foi plantado no ano passado”, disse o ministro da Casa Civil, Rui Costa, em entrevista à Globonews nesta quarta-feira (3).  “Então acreditamos, sim, que, com um ano de entregas e com a economia seguindo bem, todos indicadores positivos, a gente vai seguir com a aprovação positiva do presidente Lula e do governo”, afirmou o ministro.

ÁGUA PARA TODOS: De acordo com fontes do governo, o planejamento desta nova fase de lançamentos do PAC inclui a abrangência de 17 estados no programa que visa fornecer água potável para áreas rurais. Os maiores índices de demanda foram identificados, segundo essas fontes, nos estados do Pará, Ceará e Bahia. Vale ressaltar que dois desses estados são redutos eleitorais de ministros envolvidos nas discussões. 

  • Jader Filho (MDB), que comanda a pasta de Cidades, é do Pará
  • Rui Costa (PT), que chefia a Casa Civil, é da Bahia

NOVOS ÔNIBUS: Conforme os planos do governo, prefeituras e estados terão a oportunidade de estabelecer um acordo com o governo federal para adquirir ônibus menos poluentes ou elétricos. A compra desses veículos será viabilizada através de financiamento com taxas de juros reduzidas. Os detalhes sobre essas taxas, que serão consideravelmente inferiores às praticadas no mercado, estão atualmente em processo de finalização. 

OBRAS EM PERIFERIAS: Outra componente do pacote de medidas de Lula incluirá o anúncio de melhorias na infraestrutura urbana em favelas. O governo tem o objetivo de expandir o saneamento básico, fortalecer as medidas de contenção de encostas, aprimorar o sistema viário e a iluminação pública nessas regiões. Além disso, está em fase de estudo a possibilidade de conceder a regularização do terreno para alguns moradores dessas comunidades, assim como para assentamentos habitacionais. 

CRÉDITO PARA MAIS POBRES: Além das obras do PAC, o governo planeja lançar, ainda em abril, medidas para impulsionar a economia. O Palácio do Planalto e o Ministério da Fazenda estão finalizando uma medida provisória destinada a estimular o crédito no país. Uma das propostas em estudo é a criação de uma linha de crédito voltada para pessoas cadastradas no Cadastro Único, que reúne informações da população de baixa renda e que podem se beneficiar de programas sociais. 

AVALIAÇÃO DO GOVERNO: Desde março, quando as pesquisas começaram a indicar uma queda na popularidade de Lula, o Palácio do Planalto tem instado o governo a apresentar mais resultados. O presidente convocou uma reunião ministerial há menos de um mês, destacando a importância de concluir as promessas feitas. Nas últimas semanas, o governo tem adotado medidas para impor uma agenda positiva e evitar novos desgastes, incluindo o anúncio de medidas e a intenção de aumentar as viagens do presidente pelo país.

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