O presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) enviou recentemente uma mensagem tranquilizadora ao ex-procurador-geral da República, Augusto Aras, por meio de interlocutores. De acordo com auxiliares, o líder petista assegurou que não haverá perseguição a Aras por parte do governo após ele deixar o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Nos bastidores, Aras demonstrava preocupação em relação a uma possível perseguição por parte de seu sucessor, que Lula deve indicar em breve. Apesar do recado tranquilizador, o ex-procurador-geral informou a aliados que planeja se aposentar do Ministério Público Federal (MPF) assim que o presidente anunciar o novo chefe da PGR.
Aras deixou a liderança da PGR em 26 de setembro, mas ainda não formalizou seu pedido de aposentadoria. Segundo informações de aliados, ele mantém a esperança de ser indicado por Lula para um terceiro mandato à frente da PGR, uma possibilidade que só se concretizaria se estivesse ativo no órgão.
Discurso de despedida
Na quinta-feira (21/9), o ex-procurador-geral fez um discurso durante a sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), refletindo sobre seu período no cargo e enfrentando algumas das críticas que recebeu durante sua gestão.
Ele enfatizou que sua atuação não foi motivada por considerações políticas. "Nossa missão não é caminhar pela direita ou pela esquerda, mas garantir, dentro da ordem jurídica, que se realize justiça, liberdade, igualdade e dignidade da pessoa humana", afirmou.
O discurso de Aras gerou diversas reações nas redes sociais, com críticos apontando para sua atuação durante seu mandato. Alguns internautas destacaram que, durante seu período como procurador-geral, Aras arquivou 104 pedidos de impeachment contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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