Lula foi espionado pelo governo dos EUA durante 53 anos, revela CIA

Os registros detalham a relação de Lula com a ex-presidente Dilma Rousseff, também alvo de grampos, conforme vazamentos do WikiLeaks em 2015

Presidente Lula (PT) | Reprodução
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Revelações recentes indicam que o presidente Lula (PT) foi monitorado pelo governo dos Estados Unidos por décadas. Documentos obtidos pelo escritor Fernando Morais, autor da biografia de Lula, mostram que pelo menos 819 registros foram produzidos sobre sua vida e atividades políticas. O monitoramento começou em 1966, quando Lula era líder sindical dos metalúrgicos em São Paulo, e continuou até 2019, enquanto ele ainda estava preso. A maioria dos documentos, 613 registros em 2 mil páginas, foi elaborada pela CIA.

Presidente Lula com ex-presidente Dilma Rousseff - Foto: Revelação

alvo de grampos nos telefonemas

Os registros detalham a relação de Lula com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), também alvo de grampos, conforme vazamentos do WikiLeaks em 2015 por Julian Assange. Além disso, os documentos revelam interesse dos EUA na proximidade de Lula com autoridades do Oriente Médio e da China, bem como nos planos militares brasileiros e na produção da Petrobras.

O lançamento do segundo volume da biografia de Lula por Morais está previsto e segue o sucesso do primeiro volume, lançado pela Companhia das Letras em 2021. Esta não é a primeira vez que a espionagem norte-americana sobre líderes políticos brasileiros vem à tona. Desde 2013, foram reveladas ações de monitoramento da NSA sobre a ex-presidente Dilma, com base em documentos obtidos por Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept.

Presidente Lula - Foto: Revelação

Morais e seus advogados, por meio da Lei de Acesso à Informação americana, forneceram relatórios, e-mails, cartas, minutas de reuniões, registros telefônicos e outros documentos produzidos pelos órgãos de inteligência dos EUA. Os primeiros monitoramentos do governo americano referem-se a 1966, quando Lula ingressou como torneiro mecânico em uma fábrica no ABC Paulista e se tornou presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema em 1975.

retorno do FBI e da NSA

A equipe do escritor ainda aguarda retorno do FBI, da NSA e da Rede de Combate a Crimes Financeiros. Os órgãos devem cumprir um prazo de 20 dias úteis, prorrogáveis por mais 20, para responder aos pedidos de informação feitos. Os dados obtidos por Morais serão usados na segunda parte da biografia de Lula, ainda sem data de lançamento. O primeiro volume, lançado em 2021 pela Companhia das Letras, já foi traduzido para o chinês, inglês e espanhol.

Para mais informações, acesse meionews.com

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