Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da Colômbia, Gustavo Petro, divulgaram uma declaração conjunta neste sábado (24) cobrando das autoridades venezuelanas a divulgação das atas que comprovem o resultado da eleição presidencial no país, realizada há quase um mês.
A medida foi tomada após o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, composto por aliados de Nicolás Maduro, ter proibido a publicação dos dados eleitorais, o que gerou questionamentos por parte da oposição e da comunidade internacional.
repúdio À decisão do TSJ
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou a vitória de Maduro poucas horas após o término da votação, mas a falta de transparência no processo tem levantado dúvidas sobre a legitimidade do resultado. Na sexta-feira (23), Estados Unidos, União Europeia e outros dez países da América Latina repudiaram a decisão do TSJ e se recusaram a reconhecer a reeleição de Maduro sem provas concretas. Até o momento, o Brasil ainda não havia se posicionado oficialmente, mas agora se une à Colômbia na exigência de transparência.
importância da transparência e verificação
Em comunicado, Lula e Petro reafirmaram a importância de um processo eleitoral transparente e verificável, destacando que a estabilidade política da Venezuela é crucial para a região. Os dois países se ofereceram para facilitar o diálogo entre o governo de Maduro e a oposição, reforçando a necessidade de uma convivência democrática pacífica. Eles também condenaram o uso de sanções unilaterais como meio de pressão, afirmando que essas medidas prejudicam principalmente a população mais vulnerável.
Enquanto isso, a União Europeia reiterou que não reconhecerá o novo governo de Maduro sem a comprovação clara e verificável de sua vitória. A OEA também expressou sua rejeição à decisão do TSJ e criticou a falta de transparência no processo eleitoral. Com o crescente isolamento diplomático, a pressão internacional sobre o governo venezuelano tende a aumentar, enquanto Lula e Petro buscam mediar uma solução que garanta a paz e a democracia na Venezuela.
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