Lula e Macron defendem retirar sanções se houver eleição na Venezuela

Uma primeira versão desse texto foi vetada pelos representantes da Venezuela que consideraram o comunicado muito favorável à oposição do país

Lula e Macron defendem retirar sanções se houver eleição na Venezuela | Reprodução/YouTube
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Os líderes da Argentina, Brasil, Colômbia e França emitiram uma declaração conjunta, na qual instaram o governo venezuelano e os representantes da oposição no país a retomarem o diálogo e garantirem a realização de eleições livres e transparentes na Venezuela. 

O documento foi publicado nesta terça-feira (18), um dia após reunião, em Bruxelas, com a participação dos presidentes Emmanuel Macron (França), Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Gustavo Petro (Colômbia) e Alberto Fernández (Argentina), além do Alto Representante da União Europeia para Relações Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell. Eles se reuniram na mesma mesa com a vice-presidenta da Venezuela e o negociador-chefe da Plataforma Unitária da oposição venezuelana, Gerardo Blyde.

"Os chefes de Estado e o Alto Representante instaram o governo venezuelano e a Plataforma Unitária da oposição venezuelana a retomar o diálogo e a negociação no âmbito do processo do México, com o objetivo de chegarem a um acordo, entre outros pontos da agenda, sobre as condições para as próximas eleições. Eles fizeram um apelo em prol de uma negociação política que leve à organização de eleições justas para todos, transparentes e inclusivas, que permitam a participação de todos que desejem, conforme a lei e os tratados internacionais em vigor, com acompanhamento internacional", diz a declaração.  

Os presidentes e o Alto Representante, ainda de acordo com a declaração, garantem que se houver avanço na negociação das eleições, a Venezuela poderá se ver livre das sanções econômicas atualmente impostas ao país. "Esse processo deve ser acompanhado de uma suspensão das sanções, de todos os tipos, com vistas à sua suspensão completa", diz o texto. Os participantes da reunião prometeram manter a diálogo sobre o assunto ao longo do próximo período.

No próximo ano, a Venezuela realizará eleições gerais, porém a oposição no país levanta questionamentos em relação às decisões de órgãos públicos que resultaram na desqualificação de alguns de seus principais candidatos. Recentemente, a ex-deputada María Corina Machado foi condenada à perda dos seus direitos políticos por um período de 15 anos. Além disso, os políticos de oposição Henrique Capriles e Freddy Superlano também estão impossibilitados de concorrer à Presidência do país. A data exata das eleições ainda está pendente de definição. 

(Com informações da Agência Brasil)

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