Nesta quarta-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Nova York. Após essa segunda reunião entre os presidentes neste ano, eles anunciaram o lançamento da "Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras".
A iniciativa visa a colaboração mútua para aprofundar o diálogo sobre o aprimoramento das condições laborais. Durante sua declaração ao lado do presidente dos Estados Unidos, Lula enfatizou a importância de os EUA e o Brasil agirem como "amigos", buscando um objetivo comum.
"Espero que a relação Estados Unidos e Brasil seja aperfeiçoada e que a gente se trate e se comporte como amigos em busca de um objetivo comum: desenvolvimento e melhoria de vida do povo", disse.
Lula viajou a Nova York para participar das discussões entre líderes de Estado e governo na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Além de proferir seu discurso perante o plenário da ONU, ele aproveitou a visita para encontrar-se com outros líderes políticos e lançar a parceria com os EUA.
Junto a Biden, que venceu o então presidente Donald Trump nas eleições de 2020, Lula destacou que a "negação política" representa uma ameaça à democracia e tem propiciado o surgimento de grupos extremistas em diversas partes do mundo.
"A democracia cada vez se corre mais perigo porque a negação da política tem feito com que setores extremistas tentem ocupar o espaço, em função da negação política. Isso já aconteceu no Brasil, está acontecendo na Argentina e está acontecendo em vários outros países", afirmou.
De acordo com informações do governo brasileiro, há a intenção de Brasil e Estados Unidos trabalharem em conjunto para estimular a criação de empregos com garantias de direitos trabalhistas e para proteger os profissionais que atuam por meio de plataformas digitais, como os que realizam transporte de passageiros e entregas de refeições.
O governo brasileiro informou que a parceria com os EUA tem os seguintes objetivos: Ampliar o conhecimento sobre direitos trabalhistas; Garantir que a transição energética ofereça empregos que não sejam precários; Aumentar a importância dos trabalhadores em organismos como G20 e nas conferências do clima (COP 28 e COP 30); Apoiar e coordenar programas de cooperação técnica relacionados ao trabalho; Capacitar trabalhadores e proteger direitos de quem trabalha por meio de plataformas digitais; Buscar parceiros do setor privado para criar empregos dignos nas principais cadeias de produção, combater a discriminação e promover a diversidade.