Após oito meses e meio de sua administração, o presidente Lula está experimentando seu período mais favorável junto à opinião pública, revela o mais recente levantamento da série Genial/Quaest, publicado hoje. A aprovação à maneira como o presidente conduz seus trabalhos é compartilhada por sessenta por cento dos cidadãos brasileiros. Esse índice representa a marca mais elevada desde o começo do terceiro mandato de Lula. A discrepância entre aqueles que aprovam e os que desaprovam cresceu substancialmente, aumentando de dezesseis pontos em junho para vinte e cinco neste mês.
O chefe do Executivo também colheu melhoras na avaliação do governo como um todo: 42% avaliam a administração federal como positiva, ante 37% no último levantamento; e 24% enxergam como negativa, taxa que estava em 27% há dois meses.
A aprovação de Lula, medida pelas respostas à pergunta dicotômica “aprova ou desaprova?”, oscilou quatro pontos para cima de junho a agosto, alcançando 60% dos brasileiros. A desaprovação, por outro lado, recuou de 40% para 35% no mesmo período, um sinal de que Lula tem conquistado novos terrenos.
Inclusive na região Sul do país, onde nas eleições de segundo turno o candidato do Partido dos Trabalhadores foi superado por Jair Bolsonaro, que obteve 58,9% dos votos válidos contra os 41,1% de seu oponente. A avaliação positiva do presidente naquela área registrou um aumento significativo de 11 pontos em meros dois meses, alcançando atualmente a marca de 59%.
O melhor desempenho do chefe do Executivo continua sendo na região Nordeste. Lá, a aprovação é de 72%, de acordo com a Quaest. Com a melhora no Sul, a região onde Lula tem numericamente a menor aprovação (52%) é o Norte e Centro-Oeste.
Lula também registrou progresso notável junto ao eleitorado evangélico nessa pesquisa, um grupo que majoritariamente apoiou Bolsonaro no último pleito presidencial. Pela primeira vez desde o início da série histórica da Quaest, a avaliação positiva de Lula ultrapassou numericamente a avaliação negativa dentro desse segmento religioso, com uma proporção de 50% de aprovação contra 46% de desaprovação. Contudo, ainda está distante da média nacional de 60%. No caso dos eleitores com níveis mais elevados de escolaridade, a aprovação de Lula cresceu de 45% para 53%.
Alvo de tensão no início do governo, a relação de Lula com o Congresso mudou aos olhos da opinião pública. Em junho, a maioria da população (51%) dizia que o petista estava tendo mais dificuldade para conseguir o apoio dos parlamentares se comparado com seu antecessor, Jair Bolsonaro. Hoje, em meio a uma iminente reforma ministerial que mira a governabilidade na Câmara e Senado, 43% dizem que o petista está tendo mais facilidade do que o ex-mandatário.
A pesquisa Genial/Quaest foi a campo entre os dias 10 e 14 de agosto e realizou 2.029 entrevistas presenciais com brasileiros com 16 anos ou mais. A margem de erro é estimada em 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
(Com informações do O Globo)