O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evitou confirmar nesta sexta-feira (16) se vai indicar o atual diretor do Banco Central Gabriel Galípolo para presidir o banco a partir de 2025, em substituição a Roberto Campos Neto.
Galípolo chegou a ser o "número 2" do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e foi o primeiro indicado do atual governo para compor a diretoria do Banco Central. A indicação do presidente da instituição cabe a Lula, mas precisa do aval do Senado.
"Eu não sei se é o [Gabriel] Galípolo. Eu sei é que eu tenho o direito de indicar agora o presidente do Banco Central e mais alguns diretores. Antes de indicar, eu quero conversar com o presidente do Senado, da Comissão [de Constituição e Justiça]. Para que as pessoas, ao serem indicadas, sejam votadas logo, para que não fiquem sofrendo desgaste e especulação política durante meses e meses", disse Lula em entrevista à Rádio Gaúcha.
Segundo Lula, a pessoa a ser indicada tem que ter "muito caráter, seriedade e responsabilidade".
"A pessoa que eu indicar não deve favor ao presidente da República. A pessoa vai ter compromisso com o povo brasileiro. Na hora que tiver que reduzir a taxa de juros, ele vai ter que ter coragem de dizer que vai reduzir. Na hora que aumentar, ele vai ter que ter a mesma coragem", disse Lula.