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Lula diz que acordo Mercosul e União Europeia terá última chance de ser fechado no sábado (20)

Tema será discutido durante a Cúpula de Líderes do Mercosul, no sábado (20), no Paraná.

Presidente Lula em reunião com ministros | Foto: Ricardo Stuckert/PR
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (17), que o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia terá uma última oportunidade de ser concluído durante a Cúpula de Líderes do Mercosul, marcada para o próximo sábado (20), em Foz do Iguaçu, no Paraná. Segundo o presidente, caso não haja avanço neste momento, o tratado não será firmado enquanto ele estiver no cargo.

“Se não fizer agora, o Brasil não fará mais enquanto eu for presidente”, declarou Lula durante a última reunião ministerial de 2025, realizada na residência oficial da Granja do Torto, em Brasília. O presidente disse ainda que mantém expectativa de aprovação do acordo, apesar das resistências de países europeus.

“Se disserem não, vamos ser duros daqui pra frente. Nós cedemos a tudo que era possível”, acrescentou. Lula afirmou que a data da reunião foi alterada para atender a um pedido da União Europeia e que foi informado sobre dificuldades políticas internas, especialmente na França e na Itália, que estariam impedindo o avanço do entendimento.

“Eu agora estou sabendo que eles não vão conseguir aprovar. Está difícil, porque a Itália e a França não querem fazer por problemas políticos internos”, afirmou o presidente aos ministros. 

As negociações entre Mercosul e União Europeia foram concluídas em dezembro do ano passado, após cerca de 25 anos de tratativas. Para entrar em vigor, o texto precisa ser aprovado pelos parlamentos dos países dos dois blocos. A França e a Itália lideram as resistências, sobretudo por preocupações relacionadas à produção agrícola.

RESISTÊNCIA DA ITÁLIA E FRANÇA

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou nesta quarta-feira (17) que considera “prematuro” o fechamento do acordo e indicou que não dará aval à proposta no Parlamento italiano. Na França, setores do agronegócio pressionam o governo contra a ratificação. O presidente Emmanuel Macron já declarou que o acordo pode representar riscos para determinados segmentos da economia francesa.

IMPACTOS DO ACORDO

Apesar das dificuldades, o governo brasileiro considera o acordo estratégico. Estimativas apontam que o pacto pode gerar impacto positivo de até R$ 37 bilhões na economia brasileira até 2044, além de aumento de investimentos, ganhos salariais acima da inflação e crescimento de até 0,34% do Produto Interno Bruto (PIB) no período. A União Europeia é atualmente o segundo maior parceiro comercial do Brasil.

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