Nesta quarta-feira (20 de setembro de 2023), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou que a rejeição à política cria uma brecha para que extremistas assumam posições de destaque. Ele fez essa observação durante uma reunião bilateral com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Nova York, onde ambos estiveram presentes na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).
“A democracia cada vez corre mais perigo, porque a negação da política tem feito com que setores extremistas tentem ocupar um espaço em função da negação da política no mundo inteiro”, afirmou o petista.
Lula declarou que esse cenário mencionado já teve lugar no Brasil, referindo-se ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e que agora se desenrola na Argentina. Ele fez essa alusão indireta ao candidato Javier Milei (La Libertad Avanza), que mantém a liderança na corrida presidencial no país vizinho, de acordo com as últimas pesquisas de intenção de voto. A primeira etapa das eleições está marcada para um pouco mais de um mês, em 22 de outubro.
Javier Gerardo Milei, de 52 anos, é economista de formação e obteve a liderança com 30,4% dos votos nas eleições primárias em 13 de agosto de 2023, na disputa pela Presidência da Argentina. Posiciona-se no lado direito do espectro político, adotando ideias liberais no âmbito econômico. Ele advoga pelo fechamento do Banco Central do país, pela abolição da moeda peso em favor do dólar dos EUA como moeda local, entre outras propostas.
O presidente brasileiro também elogiou Biden por aceitar lançar um plano em parceria dos 2 países para combater a precarização do trabalho. A iniciativa foi lançada nesta 4ª feira pelos 2 presidentes. “Eu acompanhei seu discurso de posse e depois outros discursos seus e eu nunca tinha visto outro presidente americano falar tanto e tão bem dos trabalhadores quanto o sr falou”, declarou Lula.