Lula desembarca em Nova York para abrir discursos da Assembleia Geral da ONU

No dia 19, o presidente realizará o tradicional discurso inaugural do encontro. Esta será a oitava vez que o presidente Lula assume a abertura da Assembleia.

Presidente faz no dia 19 discurso inaugural | Reprodução
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou neste sábado (16), por volta de 00h, horário de Brasília, em Nova York, para mais um périplo global, e vai integrar o grupo de 193 líderes de países, que participarão da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que tem como tema “ Paz, Prosperidade, Progresso e Sustentabilidade”.

No dia 19, o presidente realizará o tradicional discurso inaugural do encontro. Esta será a oitava vez que o presidente Lula assume a abertura da Assembleia. Especialistas destacam que a participação de Lula no evento marca o retorno do Brasil à ativa nos fóruns multilaterais, onde o presidente abordará questões como a luta contra a fome e a desigualdade, o conflito na Ucrânia envolvendo a Rússia, temas relacionados à saúde, transição energética, desenvolvimento sustentável e reforma da governança global. 

Além disso, a oportunidade será aproveitada para melhorar a imagem internacional do país após o período do presidente Jair Bolsonaro, especialmente no que diz respeito às questões ambientais.

Durante a sua estada nos Estados Unidos, a agenda de Lula inclui reuniões bilaterais com o presidente norte-americano, Joe Biden, agendadas para o dia 20. Conforme informações do Itamaraty, ambos os presidentes têm a intenção de anunciar um plano em apoio à criação de empregos dignos em todo o mundo, com a colaboração da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Além disso, está previsto discutir contribuições por parte dos Estados Unidos para o Fundo da Amazônia. O ex-presidente também conduzirá encontros bilaterais com o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, o presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, e o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom.

A área da Saúde, que enfrentou desafios significativos, especialmente durante a pandemia de COVID-19, será um dos temas centrais discutidos na Assembleia Geral, onde o Brasil buscará expandir seu papel. Haverá três sessões dedicadas a este assunto, com a presença da ministra Nísia Trindade, que recentemente revelou ao Correio a realização desses encontros. 

A ministra acompanhará o presidente Lula em sua agenda em Nova York, bem como na reunião com Tedros Adhanom. Além de abordar a prevenção, prontidão e resposta a pandemias, incluindo a negociação de um acordo internacional para estabelecer diretrizes de cooperação, as discussões também incluirão a troca de experiências, como aquelas promovidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil, e os esforços no combate à tuberculose.

Durante o seu discurso nas Nações Unidas, Lula poderá aproveitar os resultados positivos do aumento da confiança no Brasil. Isso inclui uma melhora significativa na percepção dos investidores e nas avaliações das agências de classificação de risco. Além disso, o alinhamento das expectativas em relação à orientação econômica e política do governo é um ponto destacado por Wagner Parente, consultor em relações internacionais e CEO da BMJ Consultores Associados.

 "Na Assembleia, o Brasil terá a oportunidade de expor seu projeto político-econômico para os próximos anos, permitindo que as expectativas internacionais e do setor privado sejam sincronizadas às ações da iniciativa pública", afirma.

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