Lula: decisão sobre possível prisão de Putin em visita ao Brasil será da Justiça

Questionado se retiraria o Brasil do Tribunal Penal Internacional, presidente disse que irá estudar o acordo

Lula e Putin durante em encontro em Moscou em 2010 | Foto: Reuters/Via BBC
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abordou novamente a questão da possível detenção do líder russo Vladimir Putin em caso de sua visita ao Brasil durante a Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, prevista para novembro de 2024. Hoje, em declarações feitas na segunda-feira (11), o presidente afirmou que a determinação dessa medida estará nas mãos do sistema judiciário.

As declarações de Lula foram feitas durante uma coletiva de imprensa em Nova Délhi, na Índia, onde o presidente viajou para participar da Cúpula do G20, que concluiu seus trabalhos no domingo (10). Antes do término do evento, em uma entrevista concedida ao canal indiano "Firstpost," Lula mencionou que convidaria Putin para a Cúpula do G20 no Rio de Janeiro e assegurou que o presidente russo não enfrentaria prisão caso decidisse viajar para o Brasil. 

Já nesta segunda-feira, o presidente brasileiro alterou sua posição, declarando que a eventual detenção de Putin não é de responsabilidade do governo, mas sim uma questão para a Justiça decidir. "Isso quem decide é a Justiça. Não é o governo nem o parlamento. É a Justiça que vai decidir", afirmou. 

Putin poderia enfrentar a possibilidade de prisão no Brasil devido a mandados de prisão emitidos contra ele pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) devido a acusações de crimes de guerra. O Brasil, como signatário do acordo, está sujeito ao cumprimento de mandados emitidos pela Corte.

Quando questionado sobre a possibilidade de retirar o Brasil do TPI, Lula afirmou que precisa examinar mais detalhadamente o acordo. O presidente também observou que países como a Rússia e os Estados Unidos não são partes no tribunal.

"Eu não estou dizendo que vou sair de um tribunal. Eu só quero saber... e isso só me apareceu agora. Eu nem sabia da existência desse tribunal", disse.

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