Lula classifica ato como 'papelão' e pontua volta do Brasil à cena mundial

Os protestos da extrema-direita de Portugal foram recebidos por Lula como uma 'cena de ridículo'. No seu discurso, o presidente brasileiro citou questões globais, como a segurança alimentar, as mudanças climáticas e a defesa da democracia.

Lula é ovacionado em Portugal | Ricardo Stuckert
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Em uma sessão solene na Assembleia da República Portuguesa, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), finalizou sua visita a Portugal com um discurso abrangente que abordou diversas pautas importantes. Em um gesto de gratidão pela acolhida e em reverência à data que marca o fim da ditadura no país europeu, Lula aproveitou a oportunidade para destacar o retorno do Brasil à cena internacional e enfatizar questões globais, como a segurança alimentar, as mudanças climáticas e a defesa da democracia.

"Tenho viajado o mundo para reencontrar nossos parceiros. E tenho reafirmado que o Brasil que todos sempre conhecemos voltou à cena internacional. Um país que não aceita que o seu povo passe fome e que tem consciência de sua responsabilidade na segurança alimentar mundial, pela diversidade e dimensão de seus recursos naturais, sinalizou. 

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Lula celebrou a retomada da diplomacia brasileira e a histórica união entre os dois países, ressaltando a importância de fortalecer as parcerias internacionais. Ele condenou veementemente a violação territorial da Ucrânia pela Rússia, reafirmando seu compromisso com a defesa da soberania e integridade dos países. Além disso, Lula destacou a importância do combate às fake news, ressaltando a necessidade de garantir informações verídicas e confiáveis na era digital.

O ex-presidente também enfatizou a necessidade de um olhar atento para a transição energética e as mudanças climáticas, destacando a responsabilidade do Brasil na preservação dos recursos naturais e na segurança alimentar mundial, dada a diversidade e dimensão de seus recursos naturais. Ele cobrou reformas no Conselho de Segurança da ONU, defendendo uma maior representatividade e inclusão dos países em desenvolvimento.

Além disso, Lula reiterou seu empenho na redução das desigualdades em todas as suas dimensões, ressaltando seu compromisso com políticas sociais que contribuam para a redução da pobreza e das desigualdades no Brasil. Ele destacou sua defesa inabalável das instituições democráticas durante momentos de crise política no país.

O discurso de Lula foi proferido na presença de importantes autoridades portuguesas, incluindo o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo, o primeiro-ministro português, António Costa, e o presidente da Assembleia da República Portuguesa, Augusto Santos Silva, que elogiou a parceria com o líder brasileiro e reconheceu suas contribuições na redução da pobreza e defesa da democracia no Brasil.

Antes do discurso, parlamentares de extrema-direita protestaram contra Lula. Após a solenidade, Santos Silva pediu desculpas e Lula reagiu. "Eu acho que essas pessoas, quando voltarem para casa e deitarem a cabeça no travesseiro, vão pensar: 'que papelão nós fizemos'", sinalizou. O líder brasileiro classificou o ato como 'uma cena de ridículo'. 

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