Lula aposta em estratégia para tentar driblar 'bombas fiscais' no Congresso

A articulação política está sob pressão, com dificuldades na interlocução com o Parlamento enfrentadas pelo ministro Alexandre Padilha

Lula e Arthur Lira | EFE/André Borges
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O governo Lula (PT) enfrenta desafios na tentativa de controlar os gastos públicos, enquanto se prepara para combater "bombas fiscais" em gestação no Congresso. A articulação política está sob pressão, com dificuldades na interlocução com o Parlamento enfrentadas pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está trabalhando para dialogar com parlamentares e defender sua agenda, com destaque para a PEC que aumenta o vencimento de juízes, estimada em impactar os cofres públicos em até R$ 42 bilhões por ano.

AUMENTO SALARIAL: O avanço da PEC, que propõe aumentos quinquenais para magistrados e promotores, aconteceu na CCJ do Senado sem uma intervenção significativa do Planalto. O governo está preocupado com outras medidas no Congresso que podem afetar as contas públicas, como os vetos do presidente Lula às emendas de comissão e a proposta que trata do programa de incentivo ao setor de eventos (Perse). Haddad retornou antecipadamente de sua viagem aos EUA para abordar essas questões com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

IMPACTO AOS COFRES PÚBLICOS: O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, criticou o avanço da PEC, afirmando que o Congresso não deveria priorizar aumentos para o topo da carreira do funcionalismo enquanto não há propostas para outros servidores. O governo teme que o quinquênio possa romper o teto salarial do Judiciário, causando uma "bomba fiscal" e destacando a necessidade de diálogo com o Congresso para evitar maiores impactos nas contas públicas.

TENTATIVA DE RECONCILIAÇÃO: O governo também enfrenta desafios na Câmara, onde a relação entre Arthur Lira (PP-AL) e Padilha está tensa. José Guimarães, líder do governo na Câmara, reconheceu a complexidade da situação e enfatizou a importância do diálogo entre Executivo e Legislativo. Entre os principais projetos que podem representar impacto para o governo estão a possível derrubada de vetos a partes das emendas de comissão e a manutenção do programa Perse.

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