Lula apoia empréstimo de R$ 4,74 Bi à Argentina, mesmo com ofensas de Milei

A decisão foi encarada como um gesto pragmático do governo brasileiro em relação ao novo presidente argentino, Javier Milei

Javier Milei e Lula | Reprodução/Brasil 247
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou apoio a um empréstimo significativo de US$ 960 milhões (R$ 4,74 bilhões) concedido pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) à Argentina para auxiliar o país vizinho a enfrentar sua crise econômica. A decisão foi encarada como um gesto pragmático do governo brasileiro em relação ao novo presidente argentino, Javier Milei, conhecido por sua postura ultraliberal.

O empréstimo, destinado a ajudar a Argentina a quitar parte de sua dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI), recebeu aprovação unânime da diretoria do CAF na sexta-feira (15).

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), comentou sobre o gesto durante uma agenda conjunta com Lula, em São Paulo, neste sábado (16). Em um evento de assinatura de contrato para projetos habitacionais em parceria com o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Haddad enfatizou que, apesar das ofensas de Milei a Lula durante a campanha eleitoral, o Brasil continua apoiando o povo argentino.

"Todo mundo sabe que o atual presidente da Argentina ofendeu o presidente Lula durante a campanha. Mas nem por isso o Brasil governado pelo presidente Lula deixou de apoiar o povo argentino, que está precisando da amizade do povo brasileiro e do governo brasileiro", afirmou Haddad.

O empréstimo foi solicitado pelo ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, com o objetivo de fornecer alívio ao novo governo e conceder tempo para a renegociação dos débitos argentinos com o FMI.

O CAF, criado em 2010, é uma instituição internacional multilateral de desenvolvimento focada na América Latina. Vale ressaltar que a posse de Milei ocorreu sem a presença de Lula, que optou por não comparecer ao evento devido às tensões ocorridas durante a campanha eleitoral, quando foi insultado pelo atual presidente argentino.

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