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Lula alavanca a popularidade após reação a tarifaço de Trump, aponta tracking

Antes mesmo da crise diplomática com os EUA, o Planalto já observava sinais de retomada na popularidade presidencial.

Lula priorizou um discurso de patriotismo e soberania nacional. | Foto: Ricardo Stuckert/PR
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Pela primeira vez desde a crise envolvendo o Pix em janeiro, a avaliação positiva do presidente Lula superou a negativa, segundo levantamentos internos diários (trackings) do Palácio do Planalto. As informações, reveladas pela colunista Bela Megale, apontam uma recuperação gradual da imagem do governo, agora fortalecida pelo discurso em defesa da soberania nacional diante das sanções comerciais anunciadas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

JUSTIÇA TRIBUTÁRIA EM DESTAQUE
Antes mesmo da crise diplomática com os EUA, o Planalto já observava sinais de retomada na popularidade presidencial. Um dos motores dessa recuperação foi o debate sobre justiça tributária, especialmente após o Congresso derrubar os decretos do Executivo que aumentavam o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O tema repercutiu fortemente nas redes sociais, com destaque para a narrativa do governo de que está “fazendo os ricos pagarem mais”.

GOVERNO VÊ OPORTUNIDADE NO TARIFAÇO
Integrantes do governo enxergam o tarifaço de Trump como uma oportunidade política. O Planalto trabalha para transformar a tensão internacional em palanque para reforçar o compromisso do presidente com a defesa do país e de seus produtores, principalmente do agronegócio, setor duramente atingido pelas tarifas. “Soberania nacional” virou uma das palavras de ordem nas reuniões internas de comunicação e estratégia.

NOVA PESQUISA NA MIRA
A expectativa agora gira em torno da nova rodada da pesquisa Quaest, que será divulgada na próxima quarta-feira (16). A sondagem, iniciada no dia 10 e com encerramento previsto para este domingo (13), vai ouvir 2.004 eleitores em todo o país e deve oferecer o primeiro retrato público da popularidade de Lula após o embate comercial com os EUA.

QUEDA RECENTE DE APROVAÇÃO
Na pesquisa Quaest anterior, divulgada em 4 de junho, o governo enfrentava um cenário negativo: 57% de desaprovação e apenas 40% de aprovação. O desgaste vinha principalmente das denúncias de fraudes no INSS, que afetaram a imagem de eficiência e justiça social defendida pela gestão petista.

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