O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que pretende disputar a reeleição em 2026, afirmando que sua decisão é motivada pelo desejo de não permitir que o país volte a ser comandado por "por aquele bando de maluco" que, segundo ele, quase destruiu o Brasil nos últimos anos.
— Não se preocupem, vou fazer 80 anos de idade, se eu tiver com a saúde que estou hoje, com a disposição que estou hoje, pode ter certeza que serei candidato outra vez para ganhar as eleições nesse país. Podem ter certeza, serei candidato para ganhar as eleições nesse país. Eu não vou entregar esse país de volta para aquele bando de maluco que quase destrói esse país nos últimos anos. Pode estar certo disso, eles não voltarão. Eles não voltarão, não é porque Lula não quer, é porque vocês não vão deixar eles voltarem — afirmou o presidente.
Enquanto Jair Bolsonaro foi alvo de operação da PF nesta sexta-feira, o presidente Lula visitou um trecho concluído da Transnordestina em Missão Velha (CE). A ferrovia deve entrar em operação até o fim de 2025, ligando Piauí, Ceará e Pernambuco, com transporte de soja, milho, farelo e calcário.
Lula e ministros evitaram comentar a operação da PF contra Bolsonaro, seguindo orientação do Planalto. Em tom eleitoral, o presidente destacou ações do governo no Nordeste e disse que decidirá em 2026 se disputará um quarto mandato.
— Ano que vem tem eleições, se preparem, porque tem muito candidato na praça. Se preparem tem muito candidato na praça, todo dia trem candidato aqui, acolá, eu só vou decidir se vou ser candidato semana que vem porque eu tenho que conversar com minha consciência. Tem que conversar com minha própria consciência e com vocês.
O ex-presidente foi alvo de uma operação nesta manhã, que incluiu buscas em sua casa, em Brasília, e na sede do PL. Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, ele teve que usar tornozeleira eletrônica e está proibido de se comunicar com outros investigados, como os filhos Carlos e Eduardo.