O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou o deputado federal eleito Luiz Marinho (PT-SP) para ocupar o ministério do Trabalho em seu próximo governo. Marinho aceitou a proposta e ambos devem se encontrar nesta semana em São Paulo. O deputado federal foi ministro do primeiro governo Lula entre 2005 e 2008.
Marinho é presidente do Partido dos Trabalhadores em São Paulo e coordenou a campanha de Fernando Haddad para o governo do estado. Ainda não se sabe quem ocupará o ministério da Previdência Social. A pasta será novamente desmembrada do Trabalho.
Lula já havia consultado representantes de centrais sindicais sobre o nome, que também teve ampla aceitação dentro do grupo técnico do Trabalho, na equipe de transição. O entendimento da ala sindicalista é de que Marinho, ex-líder sindical, é um nome de confiança para tocar as discussões sobre a revisão de pontos da reforma trabalhista a partir de 2023.
Entre as propostas apresentadas pela transição está a retirada, no Congresso Nacional, do Projeto de Lei que trata da Carteira Verde Amarela, chamada de “Mini Reforma Trabalhista” pela oposição ao atual governo no Congresso Nacional. O grupo também pediu que o novo governo crie uma comissão, dentro do novo Ministério do Trabalho, para discutir a possibilidade de mudanças de algumas regras trabalhistas alteradas pela gestão de Bolsonaro.
E contemplaria o Estado de São Paulo, que já tem a indicação de Aloizio Mercadante -indicado por Lula para a presidência do BNDES – e o deputado federal Alexandre Padilha, nome dado como certo para o comando da articulação política do novo governo, no cargo de ministro de Relações Institucionais.
Dirigente do diretório paulista do PT, a indicação de Luiz Marinho ainda cumpriria a cota de pastas cobradas pelo partido de Lula, em meio a disputa entre as siglas aliadas por vagas no alto escalão.