Em seu retorno à Casa Branca, Donald Trump iniciou o mandato com uma série de ordens executivas que promovem mudanças profundas nas políticas internas e externas dos Estados Unidos, revertendo decisões da administração democrata anterior.
Política Externa
Trump reverteu ações de seu antecessor ao reintegrar Cuba à lista de países que, segundo os EUA, apoiam o terrorismo, apenas dias após Joe Biden ter retirado a nação dessa classificação.
Além disso, oficializou a saída dos EUA do Acordo Climático de Paris, justificando que o tratado "não reflete os valores de Washington e direciona recursos para nações que não precisam de assistência". Ele também retirou os EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS), alegando “má gestão” na resposta à pandemia e desproporcionalidade nos pagamentos.
Outra medida significativa foi a suspensão temporária de programas de ajuda externa por 90 dias, durante os quais será avaliado se tais programas estão alinhados aos objetivos políticos de sua gestão.
Migração e Relações com o México
Trump reforçou sua postura rígida em relação à imigração ao declarar cartéis mexicanos como organizações terroristas, afirmando que essas entidades "matam 253 mil americanos por ano". Ele também declarou emergência nacional na fronteira sul, o que possibilita o envio de tropas à região.
Uma medida polêmica foi a renomeação do Golfo do México para Golfo da América, sob a justificativa de que a mudança "homenageia a grandeza americana" e reflete sua importância para a economia do país.
Outra decisão controversa foi o encerramento de um programa implementado por Biden que permitia a solicitação de asilo legal no país, endurecendo as condições para migrantes.
Política Interna
Em âmbito doméstico, Trump iniciou o congelamento de contratações federais, excetuando-se as ligadas ao Exército. Em outra medida significativa, assinou uma ordem executiva que visa abolir a cidadania por nascimento para filhos de mães que estejam no país de forma ilegal ou temporária.
Ele também declarou emergência energética nacional, o que permitirá acelerar a aprovação de projetos envolvendo petróleo e gás, driblando regulamentações ambientais.
Entre as decisões mais polêmicas, concedeu clemência a 1.500 condenados relacionados ao ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Sobre o ato, declarou: “Esperamos que eles saiam esta noite, francamente”.
Trump ainda emitiu ordens voltadas para mudanças na política de gênero. As novas diretrizes reconhecem apenas dois sexos, masculino e feminino, e eliminam os programas de diversidade, equidade e inclusão implementados pela gestão anterior.
Relação com a Mídia e Redes Sociais
Em relação à liberdade de expressão, Trump assinou uma diretriz que busca evitar censura governamental no futuro e restaurar o debate público. Também adiou por 75 dias a proibição do aplicativo TikTok, dando à ByteDance mais tempo para negociar seu funcionamento nos EUA.
Além disso, determinou investigações e medidas contra ex-funcionários do governo Biden, responsabilizando-os por interferências eleitorais e divulgação de informações confidenciais.