O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), declarou nesta sexta-feira (29) em uma rede social que os deputados dedicarão "todo esforço, celeridade e boa vontade" para aprovar as medidas de redução de gastos anunciadas pelo governo federal.
"Reafirmo o compromisso inabalável da Câmara dos Deputados com o arcabouço fiscal. Toda medida de corte de gastos que se faça necessária para o ajuste das contas públicas contará com todo esforço, celeridade e boa vontade da Casa, que está disposta a contribuir e aprimorar", publicou.
Em sequência aos posts, Lira afirmou que a inflação e a valorização do dólar são "mazelas que afetam de forma mais severa os mais pobres".
Logo depois, sem mencionar diretamente o projeto, ele fez uma ressalva sobre outro tema anunciado pelo governo nesta semana: a reforma da tabela do Imposto de Renda, que aumentará a faixa de isenção para até R$ 5 mil.
"Qualquer outra iniciativa governamental que implique em renúncia de receitas será enfrentada apenas no ano que vem, e após análise cuidadosa e sobretudo realista de suas fontes de financiamento e efetivo impacto nas contas públicas. Uma coisa de cada vez. Responsabilidade fiscal é inegociável", escreveu Lira.
Minutos após as postagens de Lira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), voltou a falar sobre o tema – desta vez, em nota à imprensa. Nesta quinta (28), depois de uma reunião entre líderes da Casa e Haddad, Pacheco já havia dito que as mudanças no IR ficariam para 2025.
Pacheco defendeu que é "importante que o Congresso apoie as medidas de controle, governança, conformidade e corte de gastos, ainda que não sejam muito simpáticas".
Mas fez coro à fala de Arthur Lira e disse que a questão do Imposto de Renda, "embora seja um desejo de todos, não é pauta para agora".