Lira obriga presença de deputados para votar projetos sobre apostas e juros

Presença de deputados em Brasília ajudará na aprovação do Desenrola e nas articulações para fechar texto das apostas esportivas.

Lira obriga presença de deputados para votar projetos sobre apostas e juros | Reprodução
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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), editou um ato obrigando os parlamentares a irem a Brasília a partir de segunda-feira (4), o que não é comum. A Câmara dos Deputados deve aproveitar a semana pré-feriado de 7 de setembro para avançar em pautas de interesse do governo.

Às segundas, as sessões costumam ser semipresenciais, com a permissão para registrar presença por aplicativo. Com o ato, Lira buscará garantir quórum elevado na terça-feira (5) para tentar votar no projeto que limita os juros do cartão de crédito e inclui o Desenrola, programa de renegociação de dívidas para brasileiros.

A presença dos deputados em Brasília também ajudará nas articulações para fechar o texto do projeto que prevê a taxação de apostas esportivas. O governo espera arrecadar até R$ 12 bilhões com a medida.

O líder do PT na Câmara, deputado Zeca Dirceu (PT-PR), afirmou que a ideia é votar a urgência para o texto do Desenrola e o mérito até quarta-feira (6). O relator do projeto, Alencar Santana (PT-SP), também disse que “espera” a votação já na semana do feriado. Segundo ele, ainda não há mudanças em relação ao relatório apresentado na semana passada.

Desenrola e juros

O parecer apresentado por Santana propõe um limite de 100% para os juros rotativos do cartão de crédito caso o setor não apresente uma proposta de redução da taxa.

Em julho, a taxa de juros anual do cartão de crédito chegou a 445,7%. O texto vai dar um prazo de 90 dias, a partir da publicação da lei, para as emissoras de cartão de crédito apresentarem uma proposta de regulamentação, a ser aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

O texto inclui também o Desenrola, programa de renegociação de dívidas para brasileiros que foi enviado na forma de medida provisória ao Congresso. Após acordo com as lideranças, o conteúdo passou a tramitar por projeto de lei.

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