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Líder do PL quebra o silêncio e explica a menor adesão ao ato na Paulista; Flamengo entre os culpados

Na véspera do ato, o ex-presidente já havia tentado mobilizar apoiadores por meio de uma transmissão ao vivo com aliados.

Líder do Partido Liberal acredita que partida na Copa do Mundo de Clubes foi um dos motivos para o esvaziamento. | Foto: Marina Ramos/Agência Câmara
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A mobilização convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizada neste domingo (29) na Avenida Paulista, contou com uma participação significativamente menor em comparação a atos anteriores promovidos pela direita. A concentração de apoiadores foi visivelmente mais tímida, especialmente nos arredores do Museu de Arte de São Paulo (Masp), onde o público não chegou a ocupar sequer um quarteirão. Já em direção à Rua Peixoto Gomide, a presença se estendeu por no máximo dois quarteirões.

Reconhecimento e justificativas


Lideranças bolsonaristas presentes no carro de som admitiram a baixa adesão. O deputado federal Sóstenes Cavalcante, que lidera o PL no Congresso, atribuiu o número reduzido de participantes a fatores financeiros e logísticos. “Acho interessante quem fala que está mais esvaziado. Realmente, é o penúltimo dia do mês, o nosso povo vem sempre pagando passagem, mais as despesas de Uber”, afirmou. Ele também apontou a coincidência com as férias escolares e a realização da partida entre Flamengo e Bayern de Munique como possíveis motivos para a menor presença de público.

Provocação à esquerda


Apesar da baixa adesão, Bolsonaro fez questão de desafiar seus adversários políticos. “Mas faço um desafio à esquerda de colocar nas ruas um terço da quantidade de gente que nós colocamos”, declarou, buscando manter o tom combativo diante do cenário adverso. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, compareceu ao evento, mas optou por não discursar. Bolsonaro, no entanto, mencionou ações relacionadas ao estado mineiro em sua fala.

Levantamento indica queda no público


Um levantamento feito pelo Monitor do Debate Político do Cebrap, em parceria com a ONG More in Common, estimou a presença de 12,4 mil pessoas no ato deste domingo. O número foi calculado com o uso de drones e inteligência artificial, no horário de pico da manifestação, às 15h40. Para efeito de comparação, o mesmo grupo registrou 44,9 mil pessoas na manifestação de 6 de abril, também na Paulista, e 18,3 mil em Copacabana, em evento realizado em 16 de março.

Fim antecipado e resistência discursiva


O evento foi encerrado por volta das 16h, logo após o discurso de Bolsonaro. Na véspera do ato, o ex-presidente já havia tentado mobilizar apoiadores por meio de uma transmissão ao vivo com aliados. Durante os discursos, a palavra de ordem entre os bolsonaristas foi perseverança, em meio ao avanço do processo que Bolsonaro enfrenta no Supremo Tribunal Federal (STF).

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