Claudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, é 1 dos 77 delatores da empreiteira na Lava Jato. Em sua delação ao Ministério Público Federal, Melo cita diversos políticos.
Estão entre os mencionados integrantes importantes do governo de Michel Temer, como o próprio presidente, o ministro da Casa Civil Eliseu Padilha e o secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos, Moreira Franco. Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), também estão no relato.
O ex-diretor da Odebrecht detalha o relacionamento da empreiteira com membros do Congresso. Melo cita medidas provisórias e projetos de lei de interesse da empresa em que houve pagamento de propina para a aprovação das propostas. É o caso das medidas provisórias 252 de 2005, que tratava da tributação de Nafta Petroquímica e Condensado, e a MP 563 de 2012, que tratou da alíquota das contribuições previdenciárias sobre a folha de salários devidas pelas empresas.
Estão na lista dos 40 políticos, cinco deputados federais e senadores piauienses, o deputado federal Heráclito Fortes (PSB), que tem o codinome “Boca mole”, dado pelo executivo da Odebrecht; o deputado federal Paes Landim (PTB), que tem o codinome “Decrépito”; a deputada federal Iracema Portella (PP); o senador Ciro Nogueira, que tem os codinomes “Cerrados” e “Piqui”; e o ex-senador e ex-governador Hugo Napoleão (PSD), que Cláudio Melo Filho lembra que é amigo de seu pai.
CONFIRA NA ÍNTEGRA A DELAÇÃO DE CLÁUDIO MELO