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Lei Juliana Marins avança na Câmara; entenda o que ela propõe

Projeto prevê que governo arque com custos para trazer corpos de brasileiros mortos no exterior quando famílias não puderem pagar

Avião da FAB trouxe corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, de São Paulo para o Rio | Foto: Reprodução
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A chamada Lei Juliana Marins deu um passo importante nesta semana na Câmara dos Deputados. A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional aprovou o projeto que obriga o governo federal a custear o traslado de corpos de brasileiros mortos no exterior quando os familiares não tiverem condições financeiras para arcar com os custos.

A votação ocorre poucos dias após a comoção causada pela morte de Juliana Marins, jovem publicitária que faleceu durante uma trilha na Indonésia. O caso reacendeu o debate sobre a falta de assistência pública em situações semelhantes.

O que diz o projeto de lei

Apresentado originalmente em 2015 pela deputada Geovania de Sá (PSDB-SC), o projeto determina que, no caso de brasileiros natos ou naturalizados considerados reconhecidamente pobres, a União seja responsável por todas as providências, incluindo as tratativas com governos estrangeiros, para viabilizar o traslado do corpo ao Brasil.

A versão aprovada foi um substitutivo apresentado pela relatora, deputada Carla Dickson (União Brasil-RN), designada na semana passada pelo presidente da comissão, deputado Filipe Barros (PL-PR).

Próximos passos

Agora, o texto segue para análise na Comissão de Finanças e Tributação e, em seguida, para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Se aprovado nesses colegiados, será encaminhado ao plenário da Câmara.

O objetivo é evitar que famílias de baixa renda enfrentem o drama duplo da perda e da dificuldade de repatriar seus entes queridos, algo que ganhou ainda mais visibilidade com o caso Juliana Marins.

A proposta é vista por parlamentares como um avanço humanitário e necessário, diante da ausência de uma política pública nacional que trate do tema com sensibilidade e agilidade.

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