A Justiça rejeitou o pedido de liberdade do empresário Marcos Soares Moreira, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento em atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro. Ele foi detido na última sexta-feira (22) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, devido à publicação de um vídeo em que atacava os ministros do Supremo e desrespeitava as medidas cautelares que o proibiam de fazer postagens nas redes sociais.
Na tarde do sábado (23), Marcos, que é do Espírito Santo, passou por uma audiência de custódia, na qual a Justiça negou a liberdade provisória. Conforme a advogada Maria Margarida Moura da Silva, que está representando o capixaba, a audiência de custódia foi conduzida por uma juíza auxiliar do ministro Alexandre de Moraes.
Marcos Soares encontra-se detido no Centro de Detenção Provisória de Viana II, localizado na Região Metropolitana de Vitória, para onde foi encaminhado após ser detido pela Polícia Federal (PF) no estado. Durante a audiência de custódia, conforme a defesa, foi solicitada a permanência dele em Viana. A argumentação se baseou no fato de a família de Marcos Soares ser residente no Espírito Santo, com o objetivo de manter os laços familiares. Portanto, a expectativa é que ele permaneça sob custódia no estado.
"Nessa oportunidade não cabe qualquer discussão em relação ao mérito ou a produção de provas. Porém, em razão de não conhecermos a decisão do ministro Alexandre de Moraes, ainda não entramos com qualquer pedido. Em razão disso, somente segunda-feira (25) entraremos em contato com o gabinete para tomarmos ciência da decisão e entrar com a medida judicial cabível. No entanto, de antemão, reafirmamos nosso respeito pelas instituições, bem como pelos ministros da Suprema Corte", divulgou a defensa de Marcos.
Marcos Moreira, residente na Serra, Grande Vitória, é conhecido por sua atuação como modelo e empresário no ramo de fabricação de cortinas. Ele defendeu publicamente uma tomada de poder e demonstrou apoio à família do ex-presidente Jair Bolsonaro em suas redes sociais. O empresário compartilhou vídeos de sua participação nos eventos em Brasília, incluindo um acampamento golpista de bolsonaristas no 38º Batalhão de Infantaria do Exército, em janeiro.
Ao justificar a prisão de Marcos, o ministro Alexandre de Moraes destacou que o empresário desrespeitou as medidas cautelares e publicou vídeos atacando o STF e ofendendo a honra dos ministros. Moraes mencionou que em uma das postagens, o acusado convocou, manifestantes para protestar, no dia 12 de outubro de 2023, contra um julgamento em andamento no STF sobre a descriminalização do aborto até 12 semanas de gestação.
(Com informações do Portal g1)