O Ministério da Justiça da Itália opinou pela prorrogação da prisão preventiva do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato.O Ministério Público italiano informou integrantes da Procuradoria Geral da República do Brasil sobre a manifestação do Ministério da Justiça daquele país. Uma equipe da PGR está na Itália para acompanhar o caso. Com o pedido de prorrogação, a Justiça italiana deverá decidir se Pizzolato continuará preso.
Pizzolato foi detido na cidade de Maranello, na Itália, no último dia 5. Desde então ele cumpre prisão preventiva em Modena. Ele estava foragido da Justiça brasileira desde novembro, quando foi decretada sua prisão no processo do mensalão. Pizzolato foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 12 anos e 7 meses de prisão por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro.
A PGR, no entanto, não informou por quanto tempo o Ministério da Justiça italiano pediu a prorrogação da prisão de Pizzolato.
PGR na Itália
Segundo a assessoria da PGR, o chefe da Área de Cooperação Internacional da Procuradoria, Vladimir Aras, e o chefe de gabinete do procurador-geral da República, Eduardo Pellela, se reuniram nesta segunda com representantes do tribunal de Bologna, que cuida do processo de Pizzolato, e manifestaram interesse na continuidade da prisão e na extradição do condenado.
Na quarta-feira (19), os representantes terão reuniões em Modena, cidade onde o Pizzolato está preso.
A extradição ocorre quando um país reclama o envio de um condenado ou processado em suas terras para que cumpra a pena ou responda ao processo.
O caso de Pizzolato, no entanto, é polêmico porque ele tem dupla cidadania e, por isso, o governo italiano pode se recusar a extraditá-lo.