A Justiça argentina ordenou, nesta segunda-feira, a prisão do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para interrogatório em um processo por violações de direitos humanos em andamento. A informação foi divulgada por meios de comunicação locais, citando uma decisão da Câmara Federal de Buenos Aires.
PEDIDO ENCAMINHADO À INTERPOL
Com base no princípio de jurisdição universal, a Justiça emitiu um pedido de captura à Interpol para que sejam emitidos alertas vermelhos contra o presidente Maduro. A decisão também ordena a prisão de 30 funcionários e colaboradores de Maduro, incluindo o ministro do Interior e influente dirigente chavista, Diosdado Cabello.
QUAL O MOTIVO?
A Câmara Federal, após ouvir testemunhos de denunciantes, considera essas pessoas responsáveis por organizar um plano sistemático para "sequestrar e torturar" cidadãos venezuelanos, conforme relatado pela imprensa.
A ordem inclui responsáveis, membros das forças de segurança e serviços de inteligência venezuelanos. A Venezuela enfrenta uma crise pós-eleitoral após a proclamação de Maduro para um terceiro mandato consecutivo nas eleições presidenciais de 28 de julho, que a oposição considera fraudulentas.
ELEIÇÃO NA VENEZUELA
O mandatário foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) sem detalhamento da apuração. Os protestos subsequentes resultaram em 27 mortes — incluindo dois militares — quase 200 feridos e mais de 2 mil detidos, segundo dados oficiais.