Juiz Sérgio Moro absolve Cláudia Cruz em ação penal da Lava Jato

Moro avaliou que não havia provas suficientes de crimes

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O juiz federal Sérgio Moro decidiu absolver a mulher do ex-deputado Eduardo Cunha, Cláudia Cruz, em ação penal da Operação Lava Jato na qual ela era acusada de ter cometido os crimes de lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas. 

Em seu despacho, publicado nesta quinta-feira (25), Moro considerou que não "há prova suficiente" de que Cláudia Cruz tenha "participado conscientemente nas condutas de ocultação e dissimulação". Esse era um dos argumentos apresentados pela defesa da jornalista, segundo a qual Cláudia "confiou ao seu marido à administração do seu patrimônio e todos os procedimentos de ordem burocrática inerentes a tal tarefa". Os advogados também afirmavam que a jornalista "desconhecia a lei que obriga a declaração de ativos no exterior". 

Cláudia Cordeiro Cruz era acusada pela força-tarefa do Ministério Público Federal na Lava Jato de cometer crimes ao manter valores não declarados no exterior. Também são réus nessa ação penal, que é conexa àquela que resultou na condenação de Cunha, o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada, o lobista João Augusto Henriques e o empresário português Idalécio Oliveira.

Jorge Luiz Zelada, responsável pela operação que definiu a compra de campo de petróleo no Benin, na África, pela Petrobras, foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva.

Já João Augusto Henriques, responsável por operacionalizar os repasses de propina advinda do negócio no Benin para o ex-deputado Eduardo Cunha, foi condenado a 11 anos e 6 meses de prisão pelos crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

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