José Sarney sai em defesa do ministro Fernando Pimentel

Segundo Sarney, não há implicações contra o ministro.

O presidente do Senado, José Sarney. | Agência Senado
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O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), minimizou nesta quinta-feira (15) as denúncias contra o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento e Indústria), acusado de possível tráfico de influência relacionado às atividades de sua empresa de consultoria.

Segundo Sarney, não há implicações contra o ministro. "Eu acho que apenas estão noticiando, mas na realidade não há nada provado a esse respeito que ele mereça ser julgado, considerado culpado. Agora, esse é processo democrático natural que tem que procurar esclarecer os fatos", disse.

Entre 2009 e 2010, a P-21 Consultoria e Projetos, empresa da qual o ministro foi sócio, recebeu R$ 2 milhões.

Sarney disse que vai encaminhar requerimento apresentado hoje pela oposição que pede explicações por escrito de Pimentel. O presidente do Senado lembrou que se não responder em 30 dias, o ministro poderá responder por crime de responsabilidade.

"A Mesa é obrigada [a encaminhar] porque faz parte da Constituição senadores pedirem informação ao Executivo. Só fazemos o encaminhamento", disse. E completou: "É obrigado [a responder] no prazo de 30 dias e a Constituição diz que é crime de responsabilidade não responder".

Ele não quis responder se há um tratamento diferenciado aos ministros do PT que são envolvidos em denúncias, uma vez que ministros de outros partidos foram convidados a dar explicações ao Congresso. "Não tenho que fazer nenhum comentário se há discriminação ou não."

Nas últimas semanas, orientados pelo Palácio do Planalto, deputados e senadores governistas blindaram Pimentel e derrubaram três convites para que ele falasse sobre as denúncias no Congresso.

A presidente Dilma Rousseff também saiu em defesa de seu ministro e disse que ele não tinha que falar sobre questões privadas.

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