José Sarney condena mudança no Tratado de Itaipu

José Sarney (PMDB-MA) rebateu a acusação feita pelo presidente eleito do Paraguai

Sarney condena mudança no Tratado de Itaipu | Divulgação
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O senador Jos? Sarney (PMDB-MA) rebateu a acusa??o feita pelo presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo, de que o Brasil n?o paga um pre?o justo pela energia gerada em Itaipu e que n?o ? consumida por aquele pa?s. O parlamentar assinalou que o Tratado de Itaipu foi um "grande gesto de solidariedade" do Brasil, firmado soberanamente entre dois governos, n?o podendo, portanto, ser revisto.

Jos? Sarney lembrou que, durante a discuss?o sobre Itaipu, havia a possibilidade de a usina ser constru?da apenas em territ?rio brasileiro, a 50 quil?metros das Sete Quedas. Ele disse que, no entanto, o Brasil aceitou generosamente construir uma usina binacional, arcando com todas as responsabilidades financeiras da obra, financiando inteiramente a parte do capital inicial que cabia ao Paraguai e se comprometendo a comprar toda a energia que n?o fosse consumida.

- Agora, n?o ? de outra maneira que devemos tratar o problema do Paraguai. Sobretudo, quando n?s sabemos que fez parte da campanha a discuss?o sobre o Brasil ser um pa?s espoliador e imperialista. Nada eu considero mais injusto e reconhe?o que talvez essas palavras tenham sido usadas como coisas apaixonadas e, muitas vezes, s?o excessos de campanha cometidos por todos os pol?ticos - afirmou.

Na avalia??o de Jos? Sarney, o presidente eleito est? certo quando assume a posi??o de defesa do seu pa?s, mas est? errado quando p?e a culpa no Brasil e cobra mais transpar?ncia em rela??o a Itaipu. Para o senador, a culpa ? do pr?prio Paraguai, que tem feito com que os resultados financeiros da usina n?o sejam transparentes para seu povo.

Jos? Sarney fez um "chamamento ao bom senso", sugerindo que o presidente Fernando Lugo viabilize a estabilidade pol?tica e pense na industrializa??o do Paraguai, por meio de um melhor aproveitamento da energia de Itaipu.

- O que n?s queremos ? que um gesto de solidariedade e de nobreza n?o seja transformado em uma dor de cabe?a, n?o s? para o Paraguai, como para o Brasil. Estamos juntos, unidos. O empreendimento ? dos dois pa?ses. Ent?o, temos que construir solu?es. Injusto n?o ? o pre?o de Itaipu. Injusta ? a acusa??o contra o Brasil. Porque o que fizemos com o Paraguai foi um gesto de generosidade, que queremos seja um fator de uni?o dos nossos pa?ses, e n?o uma dor de cabe?a para o Brasil - concluiu.

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