O jornal britânico The Guardian colocou a presidente brasileira Dilma Rousseff em sua lista das cem mulheres mais inspiradoras da atualidade, publicada nesta terça-feira (8).
Na lista, que foi publicada nesta terça-feira (8), o Dia Internacional da Mulher, Dilma aparece na categoria "Política" ao lado de outras dez personalidades, como a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, e a ativista birmanesa Aung San Suu Kyi.
O jornal descreve a presidente brasileira como "uma guerrilheira socialista adolescente que enfrentou prisão e tortura" e que é considerada uma "administradora dura e pragmática".
O texto cita ainda a promessa de Dilma de melhorar as condições de vida das mulheres e de ter mulheres no comando de nove dos 37 ministérios de seu governo, um número recorde na história do Brasil.
No entanto, o The Guardian fala também sobre as críticas de que, durante a campanha presidencial, Dilma ignorou assuntos relacionados à mulher e reverteu publicamente sua posição sobre o aborto para acalmar os religiosos, além de que teria, segundo os críticos, feito diversas cirurgias plásticas para "ganhar o seu lugar".
O jornal diz ainda que Dilma "já está enfrentando um grande teste - as enchentes recentes que mataram centenas e enterraram cidades inteiras".
Inspiração
Segundo a colunista do The Guardian Jane Martinson, a lista é composta de mulheres que são modelo de comportamento em diversas áreas em todo o mundo e que, além de conquistar direitos, ajudaram outras mulheres.
Mais de 3.000 sugestões de leitores foram consideradas por uma equipe de doze mulheres que incluía ativistas políticas, membros de organizações não-governamentais e jornalistas.
As cem mulheres escolhidas para a lista final estão divididas entre as categorias Política; Ativistas; Arte, Cinema, Música e Moda; Negócios e Sindicatos; Direito; Ciência e Medicina; Esporte e Aventura; Escrita Literária e Academia; Tecnologia e Televisão.
"Ordenamos a lista por categorias e não em uma "lista de poder" numérica porque é impossível comparar mulheres que põem sua vida em risco por uma causa, como Malaya Joya (ativista pelos direitos humanos no Afeganistão) com artistas como Lady Gaga", disse Martinson.
"Não é uma lista de poder ou riqueza. Em vez disso, é um grupo inspirador de mulheres cuja influência irá durar", publicou o jornal.
Outros destaques da seleção são a ativista indiana Sampat Pal Devi, líder do grupo Gulabi, que pune homens por maus-tratos a mulheres no norte da Índia; a diretora-executiva da Avon, Andrea Jung; a tenista e ativista pelos direitos homossexuais Martina Navratilova e a autora iraniana Marjane Satrapi, conhecida pela história em quadrinhos autobiográfica Persépolis.